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Condições neutras no outono ajudam milho no Brasil, geadas são improváveis, diz Nottus

18 mar 2025 - 14h49
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O outono, que começa no próximo dia 20 no Hemisfério Sul, deverá ser marcado por uma condição de neutralidade climática, favorecendo as lavouras de milho segunda safra do Brasil, que respondem por cerca de 75% da produção brasileira do cereal, avaliou nesta terça-feira a empresa de meteorologia Nottus.

Para a meteorologista da Nottus Desirée Brandt, o início da estação ainda terá episódios de chuva em importantes áreas agrícolas no país. Ela disse ainda que as noites com temperaturas mais baixas também devem contribuir para o desenvolvimento das plantações de milho, de maneira geral.

O preço do milho no Brasil superou nesta semana o patamar de R$90 reais a saca, na praça de Campinas, segundo dados do centro de estudos Cepea, da Esalq/USP. Este é o maior patamar nominal desde abril de 2022, entre outros fatores por preocupações com o desenvolvimento da segunda safra, cujo plantio está sendo finalizado em muitas áreas, com colheita esperada para meados do ano.

Brandt, sócia-executiva da Nottus, disse em teleconferência com jornalistas nesta terça-feira que as chuvas devem ser reduzidas em Mato Grosso (maior produtor brasileiro de milho), como acontece tradicionalmente ao longo do outono, quando as precipitações perdem força quando a estação se aproxima do inverno.

"É natural que tenha redução... (mas) não há risco de corte antecipado de chuvas, tudo dentro da normalidade, e é previsto até um chorinho de chuva entre abril e maio, favorável para algumas lavouras de segunda safra", disse ela.

Após a colheita da soja, que já foi concluída em cerca de 70% das áreas, as atenções se voltam para o milho como cultura anual.

O Brasil tem ampliado o seu consumo do cereal, por conta da maior demanda da indústria de carnes e etanol, e começou a safra 2024/25 com estoques mais baixos após a quebra produtiva no ciclo passado. O país é também o segundo exportador global do grão amarelo.

A meteorologista afirmou que o verão está terminando com o retorno das chuvas em março, em muitas áreas que estavam secas e que sofreram com o calor intenso. Mas essas precipitações serão insuficientes para recuperar o déficit hídrico do mês passado.

"As águas de março já têm tom de despedida", afirmou ela, explicando que já chove historicamente menos neste mês do que em janeiro e fevereiro.

Para as lavouras de café, cujo preço disparou desde o ano passado, a Nottus destacou que há necessidade de atenção.

"Ao longo da estação, as chuvas eventuais podem prejudicar as fases de maturação e colheita", avaliou o sócio-diretor e meteorologista da Nottus, Alexandre Nascimento.

Embora haja previsão de diminuição das temperaturas, a Nottus indica que o risco de geada em áreas agrícolas, no outono, ainda é "muito baixo".

Nascimento disse ainda acreditar que o clima em 2025 será melhor do que em 2024 para a agricultura e também as áreas das hidrelétricas, principal fonte de eletricidade do país.

"Acredito que sim, o ano passado foi ano para passar uma borracha", afirmou, citando catástrofes como as enchentes do Rio Grande do Sul e uma seca histórica no centro-sul.

"Este ano vai ser um ano normal, começamos muito bem, tivemos um mês de fevereiro que trabalhou contra, mas já voltamos à normalidade do clima", afirmou ele.

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