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Confira os principais motivos de fechamento das empresas

26 set 2012 - 08h05
(atualizado em 31/1/2013 às 15h59)
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Bruna Saniele
Direto de São Paulo

Comportamento empreendedor pouco desenvolvido do dono do negócio, falta de planejamento prévio, gestão deficiente do negócio, insuficiência de políticas de apoio, flutuações na conjuntura econômica e problemas pessoais dos proprietários. Esses são os principais problemas que levam uma empresa ao fracasso, de acordo com informações do Sebrae-SP. Para garantir a sobrevivência de um novo empreendimento é preciso mais do que investimento financeiro: planejamento e noções de gestão são fundamentais, dizem especialistas.

Segundo última pesquisa do Sebrae-SP sobre mortalidade dos negócios, 27% das empresas paulistas fecham as portas com menos de um ano de atividade e apenas 42% das empresas sobrevivem após cinco anos de atividades. Dentre os motivos alegados pelos empresários para o fechamento do negócio destacam-se a falta de clientes (18%), a falta de capital (10%), os problemas de planejamento e administração (10%), a perda do cliente único (9%), problemas com sócios (8%), custos elevados (7%), problemas particulares (7%) e falta de lucro (7%). No entanto, conforme especialistas, todos esses problemas decorrem da falta de planejamento e de conhecimento sobre o próprio empreendimento.

Dos empresários que não conseguiram manter seus negócios, 34% disseram que perderam todo o investimento e 27% perderam parte. Apenas 39% dos empresários recuperaram tudo o que foi investido, conforme o Sebrae. Para não entrar na lista de empreendedores que não deram certo, confira como manter seu negócio em ordem e evitar prejuízos:

Comportamento empreendedor pouco desenvolvido

Para o consultor do Sebrae-SP, Renato Fonseca, os principais aspectos da mortalidade das empresas estão ligados à pessoa do empresário, do dono do negócio. "A maioria dessas questões são inerentes ao entendimento das sutilezas do negócio que podem significar a diferença entre lucro e prejuízo. É preciso fazer uma autoavaliação e entender virtudes e defeitos e tentar resolver as deficiências", afirma Fonseca.

Para desenvolver um comportamento empreendedor e, assim, evitar a falência, o empresário deve fazer cursos, procurar orientação especializada e querer aprender sobre o setor no qual vai atuar. "É uma preparação possível que pode garantir a sobrevivência do negócio", diz Edison Kalaf, professor da Business School São Paulo (BSP).

Falta de planejamento

De acordo com Kalaf, muitos empresários resolvem se arriscar abrindo o próprio negócio sem um conhecimento especializado do mercado em que planejam atuar, sem entender quais são os seus concorrentes, sem saber quanto investir e sem saber dos custos do negócio. Conforme a pesquisa do Sebrae-SP, os planejamentos apresentavam deficiências como falta de conhecimento do número de clientes e seus hábitos, além de detalhes da concorrência e dos fornecedores. "É preciso se preparar, fazer um plano de negócios, fazer cursos e se preparar antes de entrar no mercado", diz Kalaf.

Gestão eficiente do negócio

Segundo o Sebrae-SP, foi constatado no levantamento que grande parte das empresas que fecharam as portas precisavam ampliar os investimentos na capacitação dos sócios e da mão de obra, além de se atualizar quanto à tecnologia do setor, inovação de processos e procedimentos e melhorar o acompanhamento da evolução de receitas e despesas e busca de novos mercados. "Todos os empreendedores precisam entender melhor os aspectos financeiros e comerciais, além dos processos operacionais da empresa ou não conseguirão prosperar", diz o consultor.

Problemas pessoais dos proprietários

Assunto delicado, a relação entre sócios pode causar problemas em uma empresa e até o seu fracasso. "Pra minimizar esses problemas, o plano de negócios deve conter dados bem detalhados da atuação de cada sócio, do capital integralizado e da divisão de tarefas", segundo o consultor do Sebrae-MG Arnou dos Santos.

Insuficiência de políticas de apoio

Problema que sai da alçada dos empreendedores, está diretamente ligado a políticas governamentais e a burocracia, que emperram a criação de um novo negócio no País. Segundo o Sebrae-SP, há necessidade de ampliação das ações que melhorem o ambiente empreendedor, como, por exemplo, incentivo ao aumento de vendas para o governo, do acesso ao crédito e do acesso a inovações.

Conjuntura econômica

O cenário macroeconômico, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) embora não determinem o sucesso ou fracasso de um empreendimento, podem implicar em um cenário mais ou menos favorável. "Mesmo aquele pequeno comerciante tem que se manter atento ao cenário interno e externo, lendo jornais, notícias e ficando atendo às implicações das mudanças econômicas no ser ramo de atuação", ressalta Fonseca.

Fonte: Terra
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