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Conselho Deliberativo do Inter rejeita proposta de debêntures em votação apertada

O ponto mais polêmico foi justamente a alienação fiduciária do Beira-Rio, que significaria a transferência do estádio como garantia ao credor em caso de inadimplência

17 dez 2024 - 00h09
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Na noite desta segunda-feira (16), o Conselho Deliberativo do Internacional rejeitou a proposta de emissão de debêntures, durante uma sessão no Beira-Rio. A decisão foi tomada por uma diferença mínima, com 161 votos contrários e 159 favoráveis. A reunião começou às 20h e contou com 14 manifestações na tribuna antes da votação ser realizada digitalmente. As debêntures são títulos de renda fixa emitidos para a captação de recursos. Os investidores comprariam títulos de dívidas do clube, que poderia quitar esse "empréstimo" em um prazo mais longo e com juros mais baixos.

Foto: Divulgação / Porto Alegre 24 horas

A proposta previa a captação de R$ 200 milhões, com pagamento em cinco anos e carência de um ano, a juros de 6% mais a correção pelo CDI. O objetivo da diretoria era substituir dívidas atuais, que possuem taxas de 12% mais CDI, gerando uma economia de R$ 100 milhões em cinco anos. As garantias oferecidas seriam, em ordem, a arrecadação do quadro social, bilheteria, um fundo de reserva e, por último, o próprio estádio Beira-Rio.

O ponto mais polêmico foi justamente a alienação fiduciária do Beira-Rio, que significaria a transferência do estádio como garantia ao credor em caso de inadimplência. Após a votação, o conselheiro Alexandre Chaves Barcellos comentou que a medida era considerada arriscada. "A proposição nos moldes apresentados envolvia a alienação fiduciária do Beira-Rio. Não se justificava a operação. Nós entregaríamos desde já esse gigante estádio que vale mais de um bilhão e meio", afirmou Barcellos, ressaltando a necessidade de buscar outras soluções para a dívida do clube.

Por outro lado, a diretoria do Inter garantiu que a operação não colocaria o estádio em risco, já que a principal fonte pagadora — a arrecadação dos sócios, cerca de R$ 8 milhões por mês — seria suficiente para cobrir os pagamentos. Além disso, outras garantias, como bilheteria e fundo de reserva, serviriam como suporte adicional em caso de necessidade. Apesar do resultado, a votação acirrou os debates sobre o endividamento do clube e possíveis alternativas para equilibrar as finanças.

Porto Alegre 24 horas
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