Consumo de energia elétrica cresce 5,6% em agosto; Indústria bate 2º recorde consecutivo
Os setores residencial e de comércio e serviços também tiveram aumento no consumo de energia elétrica
Consumo de energia elétrica cresceu 5,6% em agosto no Brasil, com destaque para a indústria e impacto da retomada no Rio Grande do Sul após as enchentes.
O consumo de energia elétrica cresceu 5,6% no mês de agosto no Brasil, segundo levantamento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), divulgado na segunda-feira, 30. Com o aumento, que refere-se a uma comparação com o mesmo mês de 2023, foram consumidos 45.855 Gigawatts-hora (GWh) em agosto.
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O setor da Indústria foi quem puxou mais para cima o crescimento no consumo, batendo, pela segunda vez consecutiva, o recorde da série histórica. O aumento foi de 7% frente a agosto do ano passado e, dos 37 setores industriais, 31 elevaram o consumo. O metalúrgico registrou o maior gasto de energia elétrica no mês (271 GWh, que representa aumento de 6,6%).
De acordo com a EPE, o clima seco propiciou o aumento do consumo nas residências. Nas habitações, o crescimento foi de 5,7% e, em todas as regiões brasileiras, subiu o consumo de energia elétrica na classe residencial em agosto.
Já o setor de comércios e serviços foi o que teve o menor crescimento entre os setores acima, de 3,2%. Neste caso, o aumento no consumo se deve ao bom desempenho das vendas e transações nos dois setores. Além disso, o clima e a baixa umidade do ar também fazem com que haja maior consumo de energia elétrica nesses dois setores.
Impacto das enchentes do Rio Grande do Sul
Ainda segundo a Empresa de Pesquisa em Energia, as fortes chuvas e inundações históricas que atingiram o Rio Grande do Sul em maio, continuam afetando as estatísticas de consumo de eletricidade. O consumo no estado cresceu 11,6% em agosto, em relação a agosto de 2023, alta superior à registrada pelos outros estados da região.
Essa expansão é explicada pela retomada do consumo pós-enchente e pela contabilização do consumo de mais de 200 mil unidades consumidoras que estavam em regiões alagadas, inclusive da parte acumulada e não faturada em maio, junho e julho de 2024.
As classes residencial e comercial têm as maiores expansões no consumo de 20,2% e 14,1% em agosto, respectivamente. As temperaturas inferiores em agosto de 2024 contribuem para os resultados. Já o consumo industrial (+5,8%) cresce pelo segundo mês consecutivo após retração em maio e junho. Nove dos dez setores mais eletrointensivos expandem, com destaque para o setor de papel e celulose.