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Consumo nos supermercados cresce 2,84%, e brasileiro ensaia compra de marcas premium

Associação Brasileira de Supermercados está otimista com Copa do Mundo, Black Friday e entrada do 13º salário

9 nov 2022 - 15h07
(atualizado às 16h23)
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Consumo nos supermercados cresce 2,84% e brasileiro ensaia compra de marcas premium
Consumo nos supermercados cresce 2,84% e brasileiro ensaia compra de marcas premium
Foto: Reprodução do twitter.com/Daienemendes / Flipar

Três meses seguidos de deflação, entre julho e setembro, combinados com mais de R$ 41 bilhões de recursos injetados pelo governo federal em auxílios e a queda do desemprego, impulsionaram as vendas dos supermercados até setembro.

Com essa recuperação do poder aquisitivo, uma parcela dos brasileiros também já ensaiou em setembro o retorno às marcas de preço de maior valor, especialmente em itens de higiene, limpeza e mercearia, aponta a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

De janeiro a setembro, o consumo nos supermercados aumentou 2,84%, e a perspectiva é fechar o ano com avanço entre 3% e 3,30%. A projeção foi revista pela entidade, que anteriormente esperava alta anual de 2,5%. "A tendência de consumo de produtos de supermercados é bastante positiva", afirma o vice-presidente institucional da Abras, Marcio Milan.

O otimismo está baseado em uma sequência de eventos já previstos, como Copa do Mundo, Black Friday e a entrada do 13 º salário neste mês e no próximo. Mas, além desses eventos, a partir deste ano, o setor criou uma nova ocasião para turbinar as vendas: o dia do supermercado.

A data, que neste ano está marcada para 12 de novembro, terá promoções e descontos, resultado das negociações entre indústrias e varejo. "Teremos ofertas de impacto", prevê o vice-presidente de vendas e marketing da Abras, Celso Furtado. A partir de agora, a data será regular e está prevista para ocorrer no segundo sábado de novembro de cada ano.

Volta ao mais caro

Um movimento que chama atenção no levantamento feito pela entidade é que o consumidor já mostra um ligeiro aumento nas compras de marcas de médio e alto preço em detrimento das mais baratas. De todas as cestas de produtos, que incluem 35 itens, a fatia das marcas de menor preço recuou 0,8 ponto porcentual entre setembro de 2021 e o mesmo mês deste ano (de 54,9% para 54,1%), enquanto as marcas premium aumentaram 1,1 ponto (de 16,6% para 17,7%).

Esse movimento foi observado nas cestas de mercearia, nas commodities, mas o avanço maior ocorreu nas cestas de limpeza e higiene pessoal, observa Milan. Entre setembro de 2021 e o mesmo mês deste ano, o consumo das marcas mais caras de limpeza avançaram 7,2 pontos porcentuais, enquanto as de higiene e beleza tiveram alta de 3,4 pontos. "O consumidor está voltando a comprar marca premium", diz o executivo.

Estadão
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