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Conta conjunta ou separada: qual a melhor forma de gerir o dinheiro do casal?

Economistas ouvidos pelo Terra concordam que há boas práticas que podem ser seguidas para quem está disposto a construir um futuro a dois

19 mai 2024 - 05h00
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Resumo
Existem práticas recomendadas para casais que decidem ter contas conjuntas ou separadas. Os especialistas mencionam a importância de se comunicar e de se reservar uma parte da renda para uso próprio e investimento no futuro.
Foto: FG Trade/GettyImages

Se cada família é única, existe uma só maneira ideal de organizar as finanças? A resposta é simples: não. Existem casais que vão preferir ter contas conjuntas e outros em que cada um vai querer gerir o seu dinheiro, e, segundo especialistas ouvidos pelo Terra, nenhuma das opções está necessariamente errada.

Na verdade, os economistas concordam que há boas práticas que podem ser seguidas para quem está disposto a construir um futuro junto ao seu parceiro.

"Essas relações onde você tem aquela parceria de soma e multiplicação e doação entre as partes, nesse caso, não tem problema vocês unificarem a questão das finanças", afirma Alessandro Azzoni, em defesa da conta conjunta.

Para o economista, essa é uma ótima opção para os casais que somam suas rendas como uma só e criam uma espécie de renda da família. Ele ressalta, porém, que essa relação precisa ser construtivista, ou seja, os dois precisam contribuir.

Por outro lado, Azzoni reforça que, mesmo tendo uma conta conjunta, os parceiros precisam pensar em suas individualidades. Ele sugere que cada um tenha sua conta privada, com um terço ou um quarto de sua renda, para compras pessoais, que não necessariamente entrem no orçamento familiar.

A economista e consultora financeira Camila Bez Batti destaca a importância de guardar uma porcentagem da renda para si, pensando, principalmente, no futuro.

"É importante cada um ter investimentos separados também para o seu futuro, até porque a gente não sabe o que pode acontecer no futuro. Então, questão de morte e tudo mais, é uma questão de segurança, até pensando também em uma aposentadoria", afirma.

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Como organizar as finanças sem ter conta conjunta?

Para aqueles casais que não querem a conta conjunta, mas desejam compartilhar informações de suas finanças para traçarem planos e objetivos juntos, o ponto-chave é a comunicação.

Os economistas sugerem o uso de planilhas compartilhadas e até aplicativos para controle de gastos.

"É essencial que os casais tenham momentos para falar de dinheiro, falar de sonhos, falar de objetivos, tanto pessoal quanto profissional, do casal ou em relação a projetos da família. E poder precificar esses sonhos, entender se os dois estão no mesmo caminho, se eles estão dispostos a um ajudar o outro para conquistar, o que é prioridade para cada um deles... Eu acredito que esse trabalho em conjunto fortalece muito o casal, e se torna mais fácil e leve de conquistar esses objetivos", considera Camila Bez Batti.

Como dividir as despesas com salários diferentes?

O economista Alessandro Azzoni considera que a melhor opção é que o casal some suas rendas e a considerem uma só, retirando ali aquele percentual para uso próprio. Dessa forma, não haveria distinção entre quem pagou mais ou menos nas despesas comuns, como as da casa ou de viagens.

Já Camila Bez Batti pondera que essa forma pode não funcionar para todos os casais. Ela cita, por exemplo, que alguns casais preferem fazer a divisão proporcional à receita de cada um.

Nesse caso, o parceiro que ganha mais, paga mais.

"E tem a opção também de algumas pessoas que gostam de pagar metade de cada, meio a meio. O que eu quero dizer, trazer aqui com isso, é que não existe a forma correta. Existe o que funciona melhor para cada casal e cada contexto", afirma a economista.

Fonte: Redação Terra
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