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Contra "cartel", consumidores abastecem R$ 0,50 em postos

A intenção do protesto, que foi organizado pelas redes sociais, é causar prejuízos aos donos dos postos de gasolina com a emissão das notas ficais com valores baixos

29 mar 2014 - 07h50
(atualizado às 07h57)
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Cerca de 100 motoristas fizeram um protesto diferente para pedir a redução no preço da gasolina. No fim da tarde de sexta-feira, eles foram a um posto no centro de Taguatinga, cidade a aproximadamente 25 quilômetros de Brasília, e todos abasteceram apenas R$ 0,50, muitas vezes usando o cartão de crédito para pagar, e pediram a nota fiscal. A intenção do protesto, que foi organizado pelas redes sociais, é causar prejuízos aos donos dos postos de gasolina com a emissão das notas ficais com valores baixos.

"De janeiro até agora já tivemos quatro aumentos no combustível. Não queremos prejudicar os donos dos postos, mas em Brasília é absurdo que todos os postos cobrem R$ 3,15 por litro de gasolina", disse Charles Guerreiro, presidente da Associação Brasileira de Defesa dos Consumidores de Combustíveis e Derivados, ao justificar o protesto.

O servidor público Rodrigo Augusto abasteceu R$ 0,50. Para ele, isso é uma forma de mostrar que o brasileiro não vai aceitar os reajustes. "O brasileiro tem facilidade para comprar o carro, mas não consegue pagar a prestação e colocar gasolina com esses preços absurdos. A gente protesta de forma pacifica e mostra que temos que juntar o que dá para pagar o combustível", disse o servidor, que pagou o valor com moedas de R$ 0,01.

<a data-cke-saved-href="http://economia.terra.com.br/infograficos/precos-de-gasolina/iframe2.htm" href="http://economia.terra.com.br/infograficos/precos-de-gasolina/iframe2.htm">veja o infográfico</a>

Apesar de considerar legítima todas as formas de protesto, Ricardo Recch, um dos sócios do posto, acredita que lá não é o lugar certo para este tipo de manifestação. "Quem faz o reajuste é a Petrobras, eu acredito que o lugar mais apropriado seria  na sede da estatal ou nos órgãos governamentais responsáveis pelo aumento. O posto apenas faz o repasse", disse Recch.

Reajustes

Os consumidores de combustíveis do Distrito Federal estão pagando mais caro pela gasolina e pelo álcool desde o início da semana. Segundo levantamento divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina no DF passou de R$ 3,072 para R$ 3,128 entre o início do mês e o último domingo (23). No mesmo período, o preço do etanol subiu de R$ 2,364 para R$ 2,685.

A pesquisa da ANP levou em conta preços de 80 postos de combustíveis do DF. O preço mínimo encontrado para a gasolina foi R$ 3,09, e o máximo ficou em R$ 3,15. Para o etanol, o menor preço encontrado foi R$ 2,67, e o máximo R$ 2,699. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), o reajuste é reflexo dos sucessivos aumentos de preços pelas distribuidoras de combustíveis, principalmente gasolina, nos produtos repassados aos postos.

“No caso do DF, os postos têm recebido pequenos e gradativos aumentos nas faturas recebidas de suas respectivas distribuidoras, tornando inviável manter preços inalterados nas bombas de combustíveis. Os aumentos são gradativos e se repetem toda semana”, diz o presidente da entidade, José Carlos Ulhôa Fonseca, em nota. O sindicato argumenta que o etanol hidratado, usado nos carros flex, teve aumento de aproximadamente R$ 0,30 (15,2%) desde dezembro de 2013, e o etanol anidro, que é misturado à gasolina, também teve aumento significativo, fazendo com que, segundo as distribuidoras, fosse necessária uma correção de valores aplicados aos postos de R$ 0,09 (3,53%).

Agência Brasil Agência Brasil
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