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Copa terá pouco impacto na economia do Brasil, diz Moody’s

Agência diz que setores de alimentos, hotelaria, aluguel de carros, publicidade e TV aberta deverão ter um aumento de receitas durante os jogos

31 mar 2014 - 12h55
(atualizado às 13h18)
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Treino do Corinthians na arena em Itaquera
Treino do Corinthians na arena em Itaquera
Foto: Alan Morici / Terra

A Copa do Mundo terá um impacto pouco duradouro para a economia brasileira, avalia a agência de classificação de risco Moody’s, em relatório publicado nesta segunda-feira.

"Alguns esperam que sediar a Copa do Mundo irá ajudar o Brasil a sair da desaceleração econômica em que se encontra, mas o estímulo econômico associado aos jogos é pequeno em face da economia do país de US$ 2,2 trilhões, dos níveis normais de despesas com investimento e das receitas anuais de grande parte das empresas", diz Barbara Mattos, vice-presidente e analista sênior da Moody’s.

Os setores de alimentos e bebidas, hotelaria, aluguel de carros, publicidade e TV aberta deverão ter um aumento de receitas durante os jogos, afirma a agência no relatório.

"O evento de 32 dias irá gerar aumentos de curta duração das vendas, sendo improvável que afetem consideravelmente lucros. Além disso, interrupções associadas ao tráfego, aglomeração de pessoas e dias perdidos de trabalho vão ter efeitos negativos sobre os negócios", disse Mattos.

A agência diz que os R$ 26 bilhões gastos em despesas planejadas com estádios e melhorias em aeroportos, portos e mobilidade urbana respondem por apenas 0,7% do investimento planejado para o País no período de 2010 a 2014. Empresas de infraestrutura e construtoras, como Invepar, Andrade Gutierrez, OAS, Mendes Junior Trading Engenharia, são as que mais se beneficiaram com o evento.

No caso dos Estados e cidades-sedes, a Moody’s afirma que os gastos com a Copa variam de 0,25% a 12,65% das receitas esperadas em 2014, permanecendo dentro dos orçamentos.

A agência de rating também destaca que receber a Copa não é algo sem risco. A imagem do Brasil pode ficar marcada pela volta dos protestos como os que ocorreram durante a Copa das Confederações, ou se a infraestrutura necessária para o evento não ficar pronta a tempo.

Fonte: Terra
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