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Copom mantém juros básicos em 14,25% ao ano

21 out 2015 - 20h56
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Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Pela segunda vez seguida, o Banco Central (BC) não mexeu nos juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve hoje a taxa Selic em 14,25% ao ano. Os juros básicos estão neste nível desde o fim de julho.

Atualmente, a Selic retorna ao nível de outubro de 2006, quando também estava em 14,25% ao ano. A taxa é o principal instrumento do BC para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Oficialmente, o Conselho Monetário Nacional estabelece meta de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. No entanto, no último Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro, o BC estimou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano em 9,5%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula 9,49% nos 12 meses terminados em setembro. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, o IPCA encerrará 2015 em 9,75%. Este ano, a inflação está sendo pressionada pelos aumentos de preços administrados como energia e combustíveis.

Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo. Segundo o boletim Focus, analistas econômicos projetam contração de 3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2015. O BC prevê redução de 2,7%, segundo o último Relatório de Inflação.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle da inflação.

Agência Brasil Agência Brasil
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