Credit Suisse planeja cortar 2,7 mil funcionários até o final deste ano e mudar foco do negócio
Uma assembleia extraordinária de acionistas deve acontecer em 23 de novembro
O Credit Suisse planeja fazer uma reestruturação na tentativa de reabilitar sua reputação após escândalos e trimestres de perdas, e prevê mudar o foco do negócio de instituição financeira de investimento para clientes ricos, conforme anunciou na última quarta-feira (26).
O banco suíço, um dos maiores do mundo, terá 9 mil funcionários a menos, em três anos, com uma primeira onda de cortes, envolvendo 2,7 mil funcionários - 5% da força de trabalho -, até o final deste ano.
Como parte da reorganização, Credit Suisse disse que venderá grande parte de seus negócios de grupo de produtos securitizados para um grupo de investidores liderado pela Apollo Global Management Inc. e pretende levantar até 4 bilhões de francos suíços - o que equivale a US$ 4,06 bilhões - por meio da emissão de novas ações.
Além disso, a instituição financeira também informou que o Banco Nacional da Arábia Saudita vai investir cerca de 1,5 bilhão de francos suíços para atingir uma participação de 9,9%.
A ação, que o presidente do conselho de administração, Axel Lehmann, chamou de "plano para o sucesso", veio após a instituição registrar um prejuízo inesperado de 4 bilhões de francos suíços no terceiro trimestre.
O Credit Suisse disse que os clientes retiraram recursos nas últimas semanas em um ritmo que fez o banco violar alguns requisitos regulatórios de liquidez, ressaltando o impacto nos negócios de oscilações de mercado.
Uma assembleia extraordinária de acionistas deve acontecer em 23 de novembro.