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Crédito deve apresentar recuo de 3% neste ano, diz BC

24 dez 2016 - 09h58
(atualizado às 09h58)
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Em 12 meses acumulados até novembro, o recuo ficou em 2,3%, o que levou o BC a revisar a estimativa que era de queda de 2%. Para o próximo ano, a expectativa é de retomada do crédito, com estimativa de crescimento do saldo em 2%.
Em 12 meses acumulados até novembro, o recuo ficou em 2,3%, o que levou o BC a revisar a estimativa que era de queda de 2%. Para o próximo ano, a expectativa é de retomada do crédito, com estimativa de crescimento do saldo em 2%.
Foto: Guia da carreira

Com a recessão econômica, o crédito no Brasil deve apresentar, este ano, o primeiro recuo já registrado pelo Banco Central (BC). A projeção é que a retração no saldo das operações de crédito chegue a 3%, este ano, a primeira da série histórica iniciada em março de 2007.

Em 12 meses acumulados até novembro, o recuo ficou em 2,3%, o que levou o BC a revisar a estimativa que era de queda de 2%. Para o próximo ano, a expectativa é de retomada do crédito, com estimativa de crescimento do saldo em 2%.

Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, essa retração está associada à queda da atividade econômica. Maciel lembra que em 2015, primeiro ano da recessão econômica, houve desaceleração no saldo do crédito, que registrou crescimento de 6,7%, depois da expansão de 11,3%, em 2014.

O crédito para as empresas foi o mais atingido pelo recuo, de acordo com Maciel. Em 2015, o crédito para esse segmentou cresceu 6,3%, mas deve recuar mais de 7% em 2016. Já o crédito para as famílias desacelerou, mas não chegou a apresentar queda. Em 2015, houve expansão de 7,1% e em 12 meses até novembro deste ano, o crescimento é de 3,2%.

Segundo Maciel, crescimento para as famílias é influenciado pelo crédito imobiliário. "O crédito imobiliário cresce em 12 meses 6,8%. É um percentual significativo. Ainda assim o crédito imobiliário tem uma tendência desde de 2010 de moderação. Em 2010 cresceu 56%", destacou Maciel.

Taxas de juros

Maciel comentou ainda que as taxas de juros dos empréstimos começaram a cair em novembro. "Esse foi o primeiro mês de queda das taxas de juros depois de um longo período de alta, desde dezembro", disse.

Ele acrescentou que o efeito da redução da taxa básica de juros, a Selic, no custo do crédito para os tomadores leva tempo para ser sentido. "Esse é m movimento que ocorre gradativamente. A tendência é que venha impactar ao longo do tempo", disse.

A Selic foi reduzida em 0,25 ponto percentual nas duas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) e o BC tem sinalizado que pode intensificar o ritmo de corte na taxa em 2017. Atualmente a Selic está em 13,75% ao ano.

Agência Brasil Agência Brasil
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