Crédito do Trabalhador: entenda como funciona o programa que concede empréstimo ao CLT
Em vigor desde 21 de março, o novo crédito consignado para trabalhadores do setor privado já fez desembolsos no valor de R$ 7,7 bilhões
Criado pelo governo federal em 21 de março como uma nova modalidade de crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada com registro em carteira (CLT), o Crédito do Trabalhador já foi responsável pelo empréstimo de R$ 7,7 bilhões a mais de 1,2 milhão de pessoas.
O Crédito do Trabalhador promete oferecer melhores taxas do que as do consignado privado já existente no mercado. Ele está disponível para 47 milhões de trabalhadores, incluindo domésticos, rurais e contratados por Microempresas Individuais (MEIs), que, até então, não eram atendidos pelo crédito consignado privado.
Como adquirir o empréstimo consignado para CLT?
Para acessar o crédito, é necessário que os trabalhadores tenham a Carteira de Trabalho Digital (saiba aqui como tirar o documento e acessá-lo). Veja a seguir como solicitar o empréstimo consignado para CLT:
- Acesse a Carteira de Trabalho Digital na sua loja de aplicativos para Android ou iOS;
- Faça login com sua conta gov.br ou biometria (para quem já tiver cadastrado);
- Na página principal, clique no banner com o nome do programa, "Crédito do Trabalhador";
- Na próxima aba, em outro banner, serão oferecidas mais informações sobre o programa antes de acessar a simulação — clique no botão "Faça uma simulação";
- A plataforma irá mostrar o seu vínculo trabalhista, o valor máximo de empréstimo que você pode pedir, e, logo abaixo, duas caixas que devem ser preenchidas, denominadas "De quanto você precisa?" e "Em quantas parcelas você quer pagar?";
- Após o preenchimento, clique no botão azul, "Simular empréstimo";
- Ele informará qual é a taxa de referência e o valor total a ser pago;
- Depois, o sistema informa que as instituições poderão oferecer condições ainda melhores;
- Para seguir com a proposta, é necessário concordar em compartilhar os dados;
- Depois disso, em até 24 horas, os bancos irão fornecer outras opções, que podem ser melhores do que as informadas anteriormente.
Qual é o objetivo do programa?
O objetivo do programa é o de oferecer uma política de alívio financeiro, e não de estímulo ao consumo, segundo definição do Ministério do Trabalho e Emprego. Ele permite que dívidas caras, tais como as adquiridas em empréstimos pessoais, carnês de pagamento de financeiras, rotativo de cartão de crédito e cheque especial, por exemplo sejam trocadas por crédito com juros mais baixos.
O balanço mais recente do governo federal, do dia 17 deste mês, indica já terem sido realizados R$ 7,7 bilhões em empréstimos. No período, foram realizados 1.273.084 contratos, beneficiando 1.246.995 trabalhadores. O número de contratos é maior pelo fato de cada trabalhador que possuir mais de um vínculo de emprego poder fazer mais de um contrato.
O limite para que um trabalhador possa comprometer de seu salário bruto (sem os descontos) é de 35%. A primeira fase do programa teve início no dia 21 de março, e, a partir de 25 de abril, os bancos também poderão operar a linha do consignado privado dentro de suas plataformas digitais.
Próxima fase começa na sexta
O programa é dividido em três fases. A primeira fase já está em vigor e foi a que começou no dia 21 de março, quando as simulações e propostas começaram a ser feitas por meio da Carteira de Trabalho Digital.
Já na próxima sexta-feira, dia 25, terá início a segunda fase. A partir desta data os bancos poderão oferecer essa nova linha de crédito consignado dentro de suas plataformas digitais, e a partir daí, os clientes que já possuem contratos antigos poderão fazer a migração para o novo modelo.
A terceira fase, a última, começa no dia 6 de junho. Será quando os que já possuem crédito consignado privado poderão fazer a portabilidade entre os bancos.
