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Criminosos forjaram documentos de Guerrero para sacar FGTS de R$ 2,3 milhões, diz delegado

Suspeitos se apresentavam como empresários para se aproximar e obter documentos de atletas, a fim de acessar recursos milionários do FGTS

3 jun 2024 - 18h38
(atualizado às 18h40)
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Paolo Guerrero, pelo Corinthians, no Mundial de Clubes de 2012
Paolo Guerrero, pelo Corinthians, no Mundial de Clubes de 2012
Foto: Estadão Conteúdo

A organização criminosa responsável por desviar dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) forjou documentos e assinaturas para roubar R$ 2,3 milhões de Paolo Guerrero, ex-Corinthians e Flamengo, detalhou o delegado Caio Porto Ferreira, da Polícia Federal. Segundo a PF, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos na região metropolitana de São Paulo

De acordo com o delegado, além de Guerrero, a Polícia Federal aponta que outros atletas de alto nível e, no caso do futebol, estrangeiros, também foram alvos dos criminosos. No entanto, o atacante, hoje do César Vallejo, do Peru, é quem teve o maior prejuízo. A informação é da CNN e foi confirmada pelo Terra.

Ferreira explica que os fraudadores monitoravam os atletas de outros países e que, depois que saíam do Brasil, esqueciam ou não sabiam das reservas do FGTS. Com os documentos originais dos estrangeiros, os criminosos forjavam outros para solicitar o saque do fundo. 

Os documentos falsos, então, eram usados para abrir contas bancárias em outras instituições, para onde eram transferidos os recursos. Segundo o delegado, os criminosos se dividiam entre aqueles que obtiam os documentos originais, os que mantinham contato com os atletas e terceiros que se aproximavam de profissionais bancários, para facilitar a abertura de contas e transferências. 

Três dos alvos investigados pela Polícia Federal se apresentavam como empresários na intenção de obter a documentação dos atletas, enganá-los e acessar os respectivos saldos do FGTS, detalhou o delegado, que integra a força-tarefa entre Polícia Federal e Caixa Econômica Federal. 

Após as denúncias, os suspeitos ainda tentaram contato com os atletas e ofereceram devolver parte dos valores roubados, afirmou Ferreira. Algumas das vítimas representaram os prejuízos junto à PF e à Caixa, ressaltou. 

Operação 'Fake Agents'

Na última terça-feira, 28, a Polícia Federal deflagrou a operação Fake Agents para apurar fraude em saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de atletas de futebol profissional. 

O nome da operação foi dado em alusão à campanha internacional de conscientização de jovens sobre os riscos de agentes falsos. O movimento foi lançado pelo ex-jogador Didier Drogba, que atualmente é Embaixador da Boa Vontade da Organização Mundial de Saúde (OMS) para Esporte e Saúde.

Os suspeitos responderão pelos crimes de estelionato, falsificação de documento público, uso de documento falso e associação criminosa. As penas podem chegar a 20 anos de prisão.

Fonte: Redação Terra
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