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Crise da água pode impactar 60 mil indústrias em São Paulo

Estabelecimentos na Grande São Paulo e na região de Campinas representam 60% do PIB industrial do Estado e metade do emprego no setor

27 jan 2015 - 07h53
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<p>Operários trabalham na linha de montagem de uma colheitadeira na planta da marca Case em Sorocaba, São Paulo</p>
Operários trabalham na linha de montagem de uma colheitadeira na planta da marca Case em Sorocaba, São Paulo
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

A indústria paulista já esperava a crise de água para o ano de 2015, mas não com a intensidade que está ocorrendo, de acordo com o diretor titular do Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Nelson Pereira dos Reis.

O diretor disse que 60 mil estabelecimentos do setor, da Grande São Paulo e da região de Campinas devem ser afetados pela falta de água. Eles representam quase 60% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do Estado. “Não é difícil imaginar o que a escassez de água pode representar para a atividade econômica da indústria na região” disse.

Além disso, as duas regiões representam metade do emprego industrial de São Paulo. São cerca de 1,5 milhão de empregos. Para Reis, demissões não estão nos planos a curto prazo. “A última coisa que a indústria quer fazer é reduzir os postos de trabalho. A gente espera que isso [crise da água] seja temporário, então não existe essa intenção”, acrescenta.

Porém, Reis destaca que “se a crise se aprofundar e a empresa for obrigada a reduzir sua atividade, por exemplo, ficar um dia sem água, aí começará a impactar e as empresas terão que fazer contas”. O diretor explica que, com a crise hídrica, as indústrias precisarão alterar hábitos e procedimentos e que isso afetará competitividade, produtividade e lucro.

A indústria intensificou o reúso da água no processo de produção, além da economia e redução do volume anteriormente utilizado. Além disso, a Fiesp está estudando o potencial das águas subterrâneas para o setor. Nas áreas de maior concentração de empresas, a ideia é que haja investimentos para se obter um volume adicional de água, fazendo perfuração de poços artesianos. “Para curto prazo, essas alternativas são as mais viáveis de se fazer”, diz.

Agência Brasil Agência Brasil
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