Cruzeiros são oportunidade de viajar e ganhar em dólar; veja vagas abertas
Agências pagam de R$ 2.750 a R$ 20 mil para trabalhadores em postos no bar, restaurante, cozinha, limpeza e entretenimento
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Trabalhar viajando pelo mundo é o sonho de muita gente, ainda mais quando envolve um salário pago em dólar na questão. Para quem trabalha em navios de cruzeiro, esta é a realidade. Pode ser a de mais gente também: para a próxima temporada de cruzeiros, há vagas abertas que pagam até US$ 4 mil por mês (cerca de R$ 20 mil).
É preciso paciência e alguns outros pré-requisitos para avançar nos processos seletivos, que geralmente duram de seis a oito meses entre o início da seleção e o embarque no navio.
Entre as habilidades essenciais dos candidatos, estão falar inglês nível entre intermediário e avançado e ter disponibilidade de viagem por entre seis e nove meses.
Por onde tentar?
No Brasil, as maiores agências de recrutamento para trabalhar em navios de cruzeiro são:
• ISMBR: A única que recruta para o cruzeiro da Disney Cruise Line, que é um dos mais concorridos;
• Infinity Brasil: Recruta para a Viking (que faz viagens para Europa e Ásia), Virgin (que faz viagens de luxo para mais de 900 destinos), Costa (que faz volta ao mundo), Royal (que tem cruzeiros para o mundo todo, do Alaska a Ilhas Canárias, por exemplo);
• Rosa dos Ventos: Recruta para os cruzeiros MSC, os mais famosos do mundo.
Vagas abertas
Para a temporada de cruzeiros 2023/2024, a ISMBR tem 1.500 vagas abertas em diversas áreas, como bar, restaurante, cozinha, limpeza e entretenimento. O salário mensal varia entre US$ 550 (R$ 2.750), para vagas como assistente de bartender, a US$ 4 mil (R$ 20 mil), para gerente de restaurantes, por exemplo.
Já a Infinity Brasil tem 600 vagas para diferentes cruzeiros. O salário segue a mesma faixa.
Por fim, a Rosa dos Ventos não informa a quantidade de vagas abertas ou os salários pagos.
Como funciona?
As agências fazem a seleção gratuitamente, mas os candidatos aprovados devem providenciar alguns documentos que têm custo, como passaporte, exames médicos, treinamento de noções de primeiros-socorros e combate a incêndio, visto para o país de embarque e, em alguns casos, até passagem aérea para o porto de embarque.
A rotina de trabalho é puxada, com jornadas que variam de 11 a 13 horas por dia, sete dias por semana. A contratação é de acordo com a legislação internacional, controlada pela Maritime Labour Convention (MLC). O regime de trabalho não é CLT, que é brasileiro. É, por sua vez, regido pelas leis internacionais de trabalho, que se aproximam mais do trabalho como PJ.
As folgas são contabilizadas por hora trabalhada. Neste cálculo, não existe dia inteiro de folga quando você está embarcado, mas horas de folga. Neste momento, o tripulante pode sair do navio e aproveitar para conhecer a cidade onde o navio estiver atracado ou frequentar áreas como academia, bar e restaurantes.
Porém, nem todos têm esse benefício. Camareira, barmen e cleaner, que são funções da tripulação, têm de ficar o tempo todo no navio, inclusive, em alguns casos, quando ele está parado. Também há uma escala que obriga tripulantes a permanecerem a bordo para casos de emergência.
As cabines para dormir são coletivas, compartilhadas entre duas a quatro pessoas, dependendo do tamanho do navio. Além disso, os tripulantes fazem as refeições em refeitórios específicos para os trabalhadores.
