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Cubanos adotam carros e bicicletas elétricas, e ruas de Havana mudam

Entre 2020 e 2022, empresas cubanas produziram mais de 23 mil veículos elétricos, de acordo com dados oficiais

18 jul 2024 - 21h04
(atualizado às 21h50)
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Trabalhadores montam uma scooter na fábrica da Vedca em Havana
Trabalhadores montam uma scooter na fábrica da Vedca em Havana
Foto: Reprodução/REUTERS/Alexandre Meneghini

Havana é famosa pelos carros antigos coloridos que ainda podem ser vistos pelas ruas e frequentemente são alvo das fotografias dos turistas.

Atualmente, contudo, é muito fácil também encontrar cubanos em uma scooter elétrica, feita com peças chinesas.

"As motocicletas elétricas estão resolvendo muitos problemas em Cuba, elas já são usadas para quase tudo", explica Omar Cortina, um trabalhador cubano do setor hoteleiro e que recentemente comprou o seu primeiro veículo elétrico: uma scooter verde, impulsionada por uma bateria de lítio.

As ruas cubanas pouco haviam mudado nas últimas seis décadas, desde a revolução liderada pelo ex-líder Fidel Castro, em 1959. Havia carros velhos soltando fumaça, as ruas eram esburacadas e pouco tráfego era visto. Agora, os veículos elétricos estão se mostrando uma dádiva para muitos moradores do país comunista.

Entre 2020 e 2022, empresas cubanas produziram mais de 23 mil veículos elétricos, de acordo com dados oficiais. Desde então, a demanda só cresce, também por causa de uma crise econômica que cortou o suprimento de combustíveis e prejudicou o transporte público.

O combustível para motores a combustão está escasso há anos em Cuba, provocando filas de horas e, por vezes, dias. Um aumento de preço no começo deste ano fez com que um tanque de 40 litros de gasolina custasse mais do que o salário médio mensal de um funcionário público, tornando o bem inviável para a maioria das pessoas.

O transporte público também não ajuda.

Os ônibus em Havana estão em número bem menor do que em anos anteriores, o que os torna mais lotados e desconfortáveis. Metade das rotas para pontos fora da capital foi eliminada neste ano, de acordo com a imprensa estatal, devido aos problemas com combustível e peças de reposição.

Tais circunstâncias ajudaram a aumentar a demanda por produtos de empresas recém-formadas, como a Caribbean Electric Vehicles (Vedca), afirmou o diretor da companhia, Julio Oscar Perez.

A empresa, uma joint venture entre a chinesa Tianjin Dongxing Industrial e a Minerva, fabricante estatal de bicicletas de Cuba, produziu mais de 2.000 scooters, bikes e mini-triciclos cubanos, com peças chinesas.

"Acho que estamos chegando a um ponto importante", disse Perez. "Isto é, não apenas vendo (os veículos elétricos) como uma alternativa à mobilidade, mas também a outros problemas que existem por causa das limitações de combustível."

Perez afirmou que a empresa começou a testar um novo trator elétrico e está fazendo testes com outros maquinários pesados e também eletrificados.

Outras empresas menores vendem bicicletas elétricas, desde algumas improvisadas a outras mais sofisticadas. Recentemente, o governo autorizou a importação de veículos elétricos muito mais caros.

A compra de carros dos Estados Unidos alcançou 24,6 milhões de dólares até agora em 2024, de acordo com o Conselho Econômico e Comercial EUA-Cuba, com uma nova e crescente classe de empresários atraídos por opções elétricas e híbridas mais luxuosas, incluindo modelos da Tesla.

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