Cuidado com os saldões falsos de grandes lojas em crise
Anúncios patrocinados em redes sociais usam marcas em crise para aplicar golpes
O varejo e o varejo digital sofrem com uma forte crise no Brasil. Em um mercado com margens tão apertadas, grandes concorrentes, taxa de juros alta, tributação elevada e alto custo operacional, é extremamente desafiador manter-se em atividade.
E mesmo quando o e-commerce parecia respirar bons ares após o crescimento durante a pandemia e tudo parecia estar indo muito bem, a crise da Americanas, divulgada por eles mesmos em 11 de janeiro ― onde informaram ao mercado ter encontrado "inconsistências contábeis" de R$ 20 bilhões em seus balanços, assustou investidores e grandes bancos ― colocou em dúvida o futuro dos varejistas brasileiros.
Mais recentemente lojas como Renner, Marisa e Tok&Stok anunciaram o fechamento de algumas de suas lojas físicas, alegando que os principais motivos estariam atrelados a mudança de comportamento do consumidor, entregas cada vez mais rápidas do e-commerce, alto custo dos aluguéis e concorrência desleal com sites chineses.
Os criminosos estão se sentido cada vez mais confiantes
Aproveitando que o assunto sobre o fechamento das lojas está em alta, criminosos estão aproveitando o tema para criar anúncios, onde promovem no Facebook e Instagram publicações divulgando notícias falsas. Eles usam elementos visuais, cores e logos que remetem a sites de notícias populares, levando as vítimas a acreditarem que essas lojas estariam fazendo saldões com preços absurdamente baixos de produtos altamente desejados.
Os falsos descontos que podem chegar até 90%. É a isca para atrair vítimas, causar prejuízo financeiro ou capturar dados. A plataforma de segurança digital Site Confiável verificou alguns desses anúncios e identificou que em média os sites têm menos de 30 dias de existência, são registrados fora do Brasil e não são populares nos buscadores, ou seja, tiveram poucas páginas indexadas no Google.
Tenha muito cuidado com os anúncios de saldões
Alessandro Fontes, cofundador do Site Confiável, alerta que organicamente é muito difícil um site conseguir espaço e chegar até as vítimas. O caminho para conseguirem em poucos dias alta exposição e milhares de vítimas são as plataformas de anúncios como Google e Facebook ― e por isso não se deve confiar cegamente em links de anúncios patrocinados.
Seja cauteloso e verifique o site antes de comprar, principalmente quando o anúncio oferecer algo que parece ser vantajoso demais, que deixe você curioso ou com uma sensação de urgência para tomar uma decisão.
A maioria dos sites fraudulentos são sites descartáveis que têm pouco tempo de vida e por isso não aparecem nos sites de reclamações, pois estes levam um tempo até criarem um índice de avaliação.
Uma dica é acessar a plataforma do Site Confiável, ela pois verifica em tempo real, gratuitamente, URLs trazidas por consumidores, dando um diagnóstico sobre o site, para que de forma simples o consumidor possa identificar e diferenciar sites confiáveis de sites não confiáveis. Informações como tempo de existência, tipo de domínio, propriedade, popularidade nos buscadores, reputação e possíveis vulnerabilidades são mostradas com apenas um clique e poucos segundos.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.