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Cúpula do governo pressiona por renúncia imediata de presidente da Petrobras

Ira sobre o chefe da estatal foi ampliada após a Petrobras anunciar um reajuste de 5,2% na gasolina e de 14,2% no diesel nas refinarias para reduzir a defasagem em relação aos preços praticados no mercado internacional

17 jun 2022 - 11h47
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BRASÍLIA - O mais alto escalão do governo Jair Bolsonaro pressiona nos bastidores pela renúncia imediata do presidente da Petrobras, José Mauro Coelho.

A ira sobre o chefe da estatal foi ampliada após a Petrobras anunciar um reajuste de 5,2% na gasolina e de 14,2% no diesel nas refinarias para reduzir a defasagem em relação aos preços praticados no mercado internacional.

O aumento ocorreu após o conselho de administração da companhia dar sinal verde na tarde de quinta a um novo aumento dos combustíveis, o que desagradou ao governo.

A ideia do Palácio do Planalto é emplacar Caio Paes de Andrade, ex-secretário de Paulo Guedes, no comando da empresa na semana que vem.

Na quinta, Bolsonaro afirmou em transmissão ao vivo nas redes sociais que esperava trocar o presidente da Petrobras até o fim da semana que vem. O presidente também afirmou que a troca permitiria que a Petrobras levasse mais tempo para fazer ajustes nos preços dos combustíveis.

A estratégia do Executivo envolve a articulação direta de dois caciques do Centrão, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Desde ontem, os dois têm feito uma série de telefonemas para conquistar apoio e forçar a saída de Coelho da Petrobras. Eles argumentam que Coelho já foi demitido publicamente por Bolsonaro e, por isso, deveria renunciar o quanto antes.

Sem a renúncia de Coelho, a troca de comando na empresa só pode ocorrer após a realização de uma assembleia-geral extraordinária de acionistas da empresa e a aprovação dos novos nomes indicados pelo governo para compor o conselho de administração. A assembleia ainda não foi agendada pelo comando da estatal e poderia ocorrer apenas em julho.

O clima é de tensão entre fontes ligadas ao Palácio do Planalto, que veem um forte impacto de mais um reajuste dos combustíveis na pré-campanha à reeleição do chefe do Executivo. Sob reservas, há quem diga que o fator combustíveis pode ser fatal para o presidente neste ano eleitoral.

O governo pressionava para que a Petrobras segurasse o preço dos combustíveis até o fim das negociações com o Congresso para aprovar uma PEC para compensar os Estados pela perda de arrecadação com o ICMS. O governo propõe pagar os Estados para zerar as alíquotas do imposto sobre o diesel e o gás de cozinha até o fim do ano.

Nesta semana, a Câmara já aprovou um projeto que fixa um teto de 17% para a alíquota do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte público. A medida, que agora aguarda a sanção do presidente Jair Bolsonaro, também busca reduzir o preço final da gasolina e do diesel.

Estadão
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