Curitiba, Goiânia e São Paulo lideram demanda por imóveis em 2024, diz estudo
As cidades com maior demanda por imóveis residenciais no país no ano passado foram Curitiba, Goiânia e São Paulo, mostrou um estudo desenvolvido por entidades do setor de construção civil divulgado nesta quinta-feira, com cada praça liderando em um segmento específico de renda.
Segundo o Índice de Demanda Imobiliária (IDI-Brasil), a cidade mais atrativa no segmento econômico, um foco importante do governo federal no programa Minha Casa, Minha Vida, foi a capital paranaense. A faixa de renda familiar neste segmento é de entre 2 mil e 12 mil reais,
Apesar da demanda aquecida, o presidente do conselho consultivo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins, indicou que o mercado para o padrão econômico é ainda maior, mas exigências do plano diretor de Curitiba dificultam a construção de imóveis populares na cidade.
Uma dos requisitos, cita ele, é a obrigatoriedade de vagas de garagem em condomínios, o que encarece o valor do imóvel.
O IDI utiliza seis indicadores para mensurar a demanda, incluindo a oferta de imóveis em sites de terceiros, como Viva Real e Web Imóveis, e "leads" - pessoas que entraram em contato com incorporadoras, construtoras - de uma base de dados própria.
Entre o público com renda familiar média, de 12 mil a 24 mil reais, Goiânia se destacou com a maior demanda direta por novos imóveis em 2024, algo que o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Renato Correia, atribuiu a mudanças no plano diretor da região.
Já no alto padrão, de renda familiar superior a 24 mil reais, a demanda maior foi apurada em São Paulo, com Goiânia ficando em segundo lugar, e Florianópolis, que em terceiro, segundo levantamento.
"Em ambas as capitais (São Paulo e Goiânia) os novos e antigos lançamentos são absorvidos pelo mercado rapidamente", afirmou a pesquisa.
O ranking, que analisa 61 cidades brasileiras com potencial para investimentos em imóveis residenciais verticais, é do Ecossistema Sienge e CV CRM, com metodologia do Grupo Prospecta e parceria da Cbic. O estudo utiliza dados anônimos de transações envolvendo imóveis em todo o território nacional.
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