Cursos profissionalizantes em Portugal atraem brasileiros
Modalidade que faz link entre trabalho tem demanda crescente em consultoria no Brasil
Há cerca de um ano, Portugal criou duas modalidades de vistos que recebem cada vez mais demanda de brasileiros: o de nômades digitais e o para procura de trabalho. As medidas refletem os esforços do país para atrair estrangeiros. Segundo dados do Ministério do Trabalho local, em março deste ano o país tinha 61,6 mil vagas não preenchidas por falta de profissionais.
Mas os dois novos vistos para atrair profissionais não são as únicas formas que estão atraindo brasileiros para trabalhar em Portugal. Por meio da educação, o país europeu tem hoje vários tipos de visto para estudantes. A escolha depende principalmente do objetivo e da duração do curso pretendido, que pode variar de alguns meses a mais de um ano.
“Há opções desde as mais "tradicionais " (intercâmbio no ensino superior, pós-graduação, mestrado e doutorado) até os cursos profissionalizantes. Estes são bem procurados e com forte saída para o mercado de trabalho”, comenta Marcelo Rubin Goldschmidt, advogado e sócio-fundador do Clube do Passaporte, consultoria internacional especializada em cidadania europeia e assessoria de vistos para Portugal.
Link entre estudo e trabalho
De acordo com o especialista, há uma série de razões que explicam essa demanda maior pela modalidade, que faz um link entre estudo e trabalho. Em Portugal, eles são classificados em três tipos que diferem pelo grau de escolaridade: Ensino Técnico, o Curso de Especialização Tecnológica (CET) e o Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP).
Além de muitas vezes serem mais baratos que cursos de nível superior, segundo a legislação portuguesa, para aqueles que têm duração acima de 12 meses, é possível pedir uma autorização de residência.
Atualmente, o Clube do Passaporte tem sua maior procura de vistos para estudantes na modalidade para intercâmbios durante a graduação, que normalmente duram até um ano, mas a procura pelos cursos profissionalizantes tem crescido muito.
Há cursos para diversas áreas, como saúde, comunicação, gestão financeira, construção, entre outros. Vale lembrar que todas as escolas que oferecem esse tipo de formação são fiscalizadas pela Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (Dgert), órgão vinculado ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social português.
Para atender da melhor forma possível essa demanda no Brasil, o Clube do Passaporte mantém parcerias com alguns cursos em Portugal, facilitando esse processo de informações, escolha e venda..
Organização como lição número 1
Independentemente da modalidade escolhida para estudar no país, o leque de opções permite que pessoas jovens ou já no mercado de trabalho aprimorem seus conhecimentos. Mesmo estando em momentos diferentes de vida, o sócio-fundador do Clube do Passaporte é categórico: organização é a palavra.
De acordo com ele, quem pretende estudar fora precisa ter bastante cuidado em termos de organização, desde o contato com a instituição escolhida ao dia a dia.
“É preciso estar com a documentação em ordem e contar com uma assessoria pode ser muito útil, porque há muitos erros comuns nessa etapa. Mas além da parte dos trâmites, é imprescindível buscar um bom lugar para ficar, considerando distância, tempo de deslocamento, custos, entre outros fatores”, diz.
Nesse contexto, a empresa sempre aconselha seus clientes a fazerem uma pesquisa detalhada e terem um preparo adequado que considere a situação de ser um estudante.
“Muitos vistos não permitem trabalhar e, às vezes, até os que permitem, pela carga do curso como de um doutorado, impedem a pessoa de ter um trabalho. Então é essencial ter bastante organização financeira e preparo”, pontua.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.