CVM: Eike sabia da inviabilidade de campos antes de informar mercado
Eike negociou ações de OGX e OSX com informações não públicas e potencialmente negativas para ambas
Investigação da Comissão de Valores Imobiliários (CVM) revelou que Eike Batista e empresários da OGX (atual Óleo e Gás) sabiam da inviabilidade comercial de campos da empresa pelo menos 10 meses antes de a petroleira declarar essa condição ao mercado, segundo informações publicadas nesta sexta-feira pelo jornal Valor Econômico. De acordo com a publicação, Eike negociou ações de OGX e OSX com informações não públicas e potencialmente negativas para ambas – enquanto dava declarações otimistas via Twitter.
Segundo o Valor Econômico, o ponto central da investigação foi a inviabilidade dos campos de Tubarão Azul, Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia, que marou a derrocada da petroleira. De acordo com o jornal, a CVM concluiu que entre 2009 e 2011, a OGX fez uma série de divulgações a respeito do potencial desses campos, sempre com perspectivas positivas. Contudo, após um comunicado em julho de 2011, a empresa voltou a divulgar algo sobre os campos de Tubarão apenas em março de 2013, quando a petroleira declarou a comercialidade do local – três meses depois a petroleira declarou a inviabilidade comercial dos quatro campos.