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Da garagem a complexo: casal fatura milhões com restaurante que produz os próprios ingredientes

No início, Vinicius Ferreira e Vitor Ladaga escolheram fazer seus próprios insumos para economizar; hoje, a manufatura é parte do negócio

30 ago 2024 - 05h00
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O casal Vitor Ladaga e Vinicius Ferreira abriram o negócio em uma garagem e hoje ocupam um prédio de três andares
O casal Vitor Ladaga e Vinicius Ferreira abriram o negócio em uma garagem e hoje ocupam um prédio de três andares
Foto: Divulgação

Um restaurante que ocupa três pavimentos e está aberto em todas as refeições do dia. Do brunch ao jantar, com pratos que servem desde pães a pizzas, carnes a frutos do mar. Esta é a REVO Manufactory, negócio que se especializou em comida de todo tipo e feita do zero.

Estabelecido em Santos, o empreendimento está em um edifício da década de 1960, que passou por uma transformação para deixar de ser residencial e abrigar o mega restaurante. Mas o negócio teve um início muito mais modesto.

Assim como tantas outras histórias de empreendedorismo, começou em uma garagem. Conhecidos e amigos também se mobilizaram em uma vaquinha para tirar a ideia do papel. Hoje, a REVO fatura R$ 6,5 milhões por ano. Apesar das cifras, o valor ainda não chega a cobrir o tanto que foi investido até aqui.

O que é a REVO?

Por servir de tudo, um dos sócios fundadores, Vinicius Ferreira, considera que não é possível classificar o restaurante como uma coisa só.

"Acho que para cada indivíduo a REVO é uma coisa. Não adianta falar que eu vou na REVO por causa de tudo. Não, cada pessoa vai na REVO por causa de um produto, de uma frente de alguma coisa. Então, tem gente que fala que é pizzaria, tem gente que fala que é sorveteria, café, brunch, padaria…", afirma.

A multiplicidade fez surgir um novo termo adotado pelo grupo: "food hall". Em síntese, o conceito lembra o funcionamento de uma praça de alimentação de um shopping. Soma-se a isso o "manufactory" (referente a "manufaturado"), que complementa o nome do local.

O fazer de tudo

Lá em 2015, quando surgiu a ideia de fazer a REVO, o negócio era voltado para a torrefação de café, ramo com o qual Vitor Ladaga, namorado de Vinicius, tinha familiaridade. Na garagem da mãe de Vitor, o casal deu os primeiros passos com o empreendimento.

Primeiro, abriram uma vaquinha para financiar a ideia. Aos apoiadores, ofereciam brindes e café naquela garagem. Mas o brasileiro não toma só café, como bem observou Vinicius.

"Tem que ter algum acompanhamento pro café. Então, o Vitor fazia um doce, eu acabei me aventurando, fazendo pão. E aí, foram três meses de financiamento coletivo. No meio da campanha, as pessoas já estavam indo não por causa do café, mas para comer pão e doce", relembra o sócio.

O casal percebeu, então, que seria mais promissor expandir o negócio. Assim, cada 'bracinho' da REVO foi surgindo aos poucos. A ideia do brunch veio logo depois de perceberem o sucesso dos pães em que Vinicius se especializou. Em seguida, a vontade de abrir para o almoço e, quem sabe no futuro, ser um restaurante que funciona 24 horas por dia.

Prédio em que a REVO fica instalada, em Santos
Prédio em que a REVO fica instalada, em Santos
Foto: Divulgação

O investimento para dar início ao empreendimento foi de cerca de R$ 115 mil, somando o aporte de Vitor, mais um sócio e o financiamento coletivo. O valor, apesar de parecer expressivo inicialmente, não deu muito lastro para fazer o negócio rodar. Foi daí que foi incorporada a ideia do manufaturado ao restaurante.

"A gente não procura fornecedor, a gente procura receita. Isso acabou, que era uma necessidade, se tornando um alicerce do negócio", diz Vinicius. Bacon, iogurte, leite condensado e outros embutidos são alguns dos produtos feitos ali mesmo na REVO.

Faturamento milionário

Mesmo com um faturamento milionário, Vinicius confessa que a REVO ainda não gera lucro devido ao alto investimento feito no negócio. Neste ano e no anterior, ele contabiliza que a empresa gastou cerca de R$ 500 mil com reestruturação de equipe e do espaço.

"Isso acabou pesando na conta para o retorno. Porque R$ 500 mil de lucro é bastante tempo ainda", afirma. O prognóstico, porém, não desanima o empreendedor, que vê toda uma vida pela frente para sua empresa lhe trazer retornos. 

Fonte: Redação Terra
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