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De finalista do Oscar a startupeiro: os 3 aprendizados de Tiago Pavan

Em entrevista ao podcast Vale do Suplício, Tiago conta aquilo que muitos preferem deixar escondido

28 jul 2024 - 06h00
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Tiago Pavan, produtor-executivo do documentário "Democracia em Vertigem"
Tiago Pavan, produtor-executivo do documentário "Democracia em Vertigem"
Foto: Divulgação

Nascer, crescer, estudar, arrumar um emprego ou, quem sabe, empreender. O ciclo da vida sob os tentáculos do capitalismo parece ter caminhos óbvios. Mas Tiago Pavan dribla todos eles. 

Ele poderia ser descrito polidamente como inquieto, mas o próprio não gosta de amenizar sua personalidade e prefere dizer que tem uma "trajetória errante" - e bota errante nisso. Em seu currículo se somam o abandono de graduação na mais renomada universidade pública do País, a Universidade de São Paulo (USP); os estudos em fotografia; o trabalho com desenvolvimento de software; a produção do documentário "Democracia em Vertigem", que concorreu ao Oscar em 2022; algumas startups e, agora, o cargo de country manager da Cubbo, logitech mexicana que chegou ao Brasil com a compra da Dedalog, empresa concorrente fundada por Tiago.

Ao quadro (Des)Aprendendo com o Exemplo, do podcast Vale do Suplício, Tiago conta o aquilo que tirou de bom das desventuras de sua trajetória:

A pior decisão que já tomei (não façam isso em casa, crianças)

"Estudar para mim é um dos grandes grandes prazeres que tenho em meu tempo livre. E acho que uma coisa que muito me atrai em montar startups em diferentes mercados é que há muito estudo envolvido. Então uma das piores decisões que eu tomei foi ter deixado de concluir a universidade. Tenho lacunas de conhecimento técnico em engenharia que seriam muito importantes hoje em dia. Foi uma decisão tomada completamente na imaturidade da adolescência. Não se pautem pelo mito do Vale do Silício, do 'drop out' da universidade, que faz fama. É teatro do LinkedIn. Não caiam nessa."

Meu maior erro com gestão de equipe (ou "algo que muito CEO startupeiro deveria saber")

"Tive que aprender, com muita dificuldade, a organizar meu tempo. Qual é o tempo que eu tenho que dedicar a essa função de gestão, onde eu tenho que ter um contato próximo com o time, fazer reuniões. Trabalhar de forma abrupta, meia hora aqui, meia hora ali, é muito ruim pra minha concentração. Então sempre tive essa dificuldade de entender qual é o limite entre você executar alguma coisa e você passar a informação de como você quer que ela seja executada. Minha reação é sempre falar 'pode deixar que eu faço'. Quando é assim, a equipe não cresce e você não vai a lugar nenhum."

Um Oscar que eu jamais teria dado (nem eu, Tiago)

"Um dos exemplos clássicos é o (Mark) Zuckerberg. Para mim, redes sociais são uma das invenções mais destrutivas que já inventaram nos últimos anos. Foi por um lado de propaganda, de guerra. Foi usado com muita força em manipulações políticas de eleições em várias partes do países desenvolvidos e não desenvolvidos. Muito cuidado quando você lê a biografia desse pessoal e tenta mimetizar o que eles fizeram. Essa fama que eles conquistam por ter tirado uma empresa do zero até valer um IPO de não sei quanto. Para isso você nem sempre colhe os frutos mais éticos possíveis no meio do caminho."

Gostou? Assista à entrevista completa:

(*) Adriele Marchesini é jornalista especializada em TI, negócios e Saúde e cofundadora da agência essense, que já apoiou mais de 100 empresas na construção de conteúdo narrativo e multiplataforma para negócios. Junto de Silvia Noara Palladino, criou o podcast Vale do Suplício, que traz histórias de empreendedores que falam pouco, mas fazem muito.    

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