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De R$ 20 a 49 mil; veja os salários dos suspeitos de planejar matar Lula, Alckmin e Moraes

Cinco pessoas foram presas nesta terça-feira, 19

19 nov 2024 - 21h39
(atualizado às 22h24)
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Na foto: Hélio Ferreira Lima, Mário Fernandes, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo
Na foto: Hélio Ferreira Lima, Mário Fernandes, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo
Foto: Reprodução/Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) prendeu cinco pessoas suspeitas de planejar um golpe de Estado no final de 2022 e a execução de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes.  De cargos no Exército até na Polícia Federal, os salários variam de R$ 20 mil a quase R$ 49 mil.

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Entre os suspeitos, os maiores ganhos ficam para Mário Fernandes. O ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Jair Bolsonaro recebia R$ 33.223,40 como general de brigada da reserva. Ele também era assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), onde recebia R$ 15,6 mil até ser afastado da função por ordem do STF, totalizando cerca de R$ 48,9 mil.

Na sequência, cada um do trio de tenentes-coronéis recebe na casa dos R$ 27 mil. Rodrigo Bezerra de Azevedo, Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima embolsaram, respectivamente, R$ 27,440,00, R$ 27.417,60 e R$ 27.450,00 no mês de agosto.

O Terra não localizou o salário de Wladimir Matos Soares no Portal da Transparência. No entanto, agentes da classe especial da Polícia Federal (PF) recebem cerca de R$ 20.9 mil. 

Qual era o plano, segundo a PF

De acordo com as investigações da Polícia Federal, o documento central intitulado "Punhal Verde Amarelo", elaborado pelo general Mario Fernandes, apresenta detalhes de um "planejamento operacional" que visava a execução de Alexandre de Moraes, Lula e Geraldo Alckmin (PSB).  

Conforme apurado pela PF, Fernandes imprimiu o documento no Palácio do Planalto em 9 de novembro de 2022. Na mesma data, os celulares de outros investigados, como Rafael Martins de Oliveira e Mauro Cid, estavam conectados à rede de internet do Palácio. Posteriormente, o material foi levado ao Palácio da Alvorada, residência oficial do então presidente Jair Bolsonaro.

O documento elaborado pelo general continha tópicos relacionados à munição que seria utilizada na ação clandestina. A Polícia Federal destacou que as armas mencionadas, incluindo pistolas, fuzis e armamentos mais pesados, são típicas de uso militar e policial devido à alta eficácia de seus calibres.

Entre os armamentos coletivos citados, chamou a atenção dos investigadores a presença de equipamentos de guerra, como:

Metralhadora M249: Uma metralhadora leve, usada em combate para suporte de fogo, que combina alta taxa de disparo com fácil manuseio, sendo amplamente valorizada em operações táticas.

Lança-granadas de 40 mm: Uma arma versátil, capaz de disparar granadas de fragmentação ou munições especiais, permitindo fogo indireto e diferentes usos táticos.

Lança-rojão AT4: Um lançador antitanque, projetado para destruir veículos blindados e estruturas fortificadas. É um foguete guiado com ogiva explosiva, comumente usado por forças militares e de segurança.

A Polícia Federal ainda detalhou que, no planejamento analisado, o quarto tópico detalha os riscos e impactos associados à execução de um plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes. Entre as possibilidades consideradas estavam o uso de artefatos explosivos ou o envenenamento em um evento oficial público.

O documento também menciona os riscos da ação, alertando que os danos colaterais seriam grandes, a probabilidade de captura dos envolvidos seria alta e que o risco de baixas (mortes, no contexto militar) entre os executores também seria elevado. Além disso, também é investigada a possível utilização de veículos do Exército para monitorar o ministro, inclusive em seu apartamento funcional.

"Para execução do presidente Lula, o documento descreve, considerando sua vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais, a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico", acrescentou a PF. 

O plano foi discutido na residência do general Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022, em 12 de novembro daquele ano, menos de 15 dias após a divulgação oficial do resultado do segundo turno, segundo apontam os policiais federais.

Fonte: Redação Terra
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