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Debate entre Campos Neto, Haddad e Tebet sobre juros é aprovado no Senado, após pedido de Pacheco

Requerimento do presidente da Casa também convocará economistas e presidentes de confederações do setor produtivo nacional

14 mar 2023 - 21h02
(atualizado às 21h16)
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BRASÍLIA - O Senado aprovou, nesta terça-feira, 14, um requerimento para realizar uma sessão de debates com o tema "juros, inflação e crescimento". Serão convidados a participar os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, economistas ilustres e presidentes de confederações do setor produtivo nacional. O requerimento é de autoria do próprio presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Senador Rodrigo Pacheco
Senador Rodrigo Pacheco
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado / Estadão

"É um tema muito movimentado no País atualmente, com discussões que por vezes ensejam muitas divergências", disse Pacheco durante a apresentação da medida. Para ele, é preciso retirar conclusões técnicas para o avanço da discussão. "É o desejo de todos, inclusive do Banco Central, não tenho dúvida, que é a redução da taxa de juros no País", concluiu.

Além de Haddad, Tebet e Campos Neto, foram convidados o ex-presidente do BC Armínio Fraga; o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney Menezes Ferreira; o diretor-presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, Rodrigo Maia; um representante da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), presidida por Josué Gomes da Silva; representantes da Confederação Nacional da Indústria, da Confederação Nacional do Trabalho, da Confederação Nacional do Comércio, do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor, da Associação Brasileira de Desenvolvimento e de três economistas indicados por Pacheco: Marcos Lisboa, Carlos Viana de Carvalho e Bruno Funchal.

Como mostrou o Estadão, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou também nesta terça-feira um convite para que Campos Neto compareça à Casa para se justificar sobre o erro do Banco Central em relação a dados do mercado de câmbio entre outubro de 2021 e dezembro de 2022, de valor total de US$ 14,5 bilhões. A ida do presidente do BC deve acontecer no dia 4 de abril.

A expectativa é que parlamentares governistas aproveitem a ocasião para questionar Campos Neto sobre a taxa básica de juros do País (Selic), de 13,75% ao ano - que vem sendo duramente criticada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por membros do governo. No início do mês, Lula disse que o País não pode ficar refém de um único homem, referindo-se ao presidente do BC, a quem chamou de "esse cidadão."

Em fevereiro, Lula criticou a autonomia do Banco Central, que foi aprovada no Congresso Nacional contando com o voto de quatro de seus atuais ministros. Nesta segunda-feira, deputados federais do PT, do PSOL e do PCdoB defenderam o fim da autonomia em ato no Rio de Janeiro. "Eu acho que o presidente do BC tinha de ter decência, vergonha na cara, pegar o boné e ir embora", discursou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, durante o ato.

Roberto Campos Neto, presidente do BC, tem sido alvo de críticas do governo sobre nível da taxa de juros
Roberto Campos Neto, presidente do BC, tem sido alvo de críticas do governo sobre nível da taxa de juros
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão
Estadão
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