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Declarações de Levy são bem recebidas e dólar cai a R$2,63

A moeda americana caiu 1,17%, a R$ 2,6369 na venda, após chegar a R$ 2,6278 na mínima da sessão

13 jan 2015 - 17h53
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<p>O ministro da Fazenda,&nbsp;Joaquim Levy, afirmou&nbsp;que o Brasil tem condi&ccedil;&otilde;es de melhorar sua classifica&ccedil;&atilde;o de risco</p>
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que o Brasil tem condições de melhorar sua classificação de risco
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O dólar fechou em queda de mais de 1% ante o real nesta terça-feira, com investidores recebendo bem as declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reforçando a perspectiva de maior austeridade na política fiscal neste ano.

A moeda americana caiu 1,17%, a R$ 2,6369 na venda, após chegar a R$ 2,6278 na mínima da sessão. De acordo com a BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,7 bilhão (aproximadamente R$ 4,5 bilhões).

"Aparentemente, o governo está mirando em um 'upgrade' do rating (do País). Isso é favorável para o real, porque atrai mais capital para o mercado", disse Glauber Romano, operador de câmbio da corretora Intercam.

Levy afirmou que trazer a dívida pública para a faixa de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) seria um objetivo positivo no longo prazo e que o Brasil tem condições de melhorar sua classificação de risco.

As declarações da nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, que vem prometendo uma política fiscal mais austera, têm agradado os investidores. Mas o mercado ainda mostrava dúvidas sobre a capacidade do governo de cumprir as metas de superávit primário, consideradas difíceis.

Para este ano, o objetivo equivale a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) e, para os dois anos seguintes, a 2%.

"A cada declaração mais ortodoxa que o Levy dá, parece que o mercado caminha mais na direção de acreditar que a economia pode melhorar nos próximos anos", disse o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho.

No mercado externo, a expectativa de estímulos do Banco Central Europeu manteve o dólar em alta em relação ao euro.

Venda de dólares do BC

Pela manhã, o Banco Central manteve suas intervenções diárias e vendeu a oferta de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram 500 contratos para 1º de setembro e 1,5 mil para 1º de dezembro, com volume correspondente a US$ 98,2 milhões.

O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de fevereiro, equivalentes a US$ 10,405. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 38% do lote total.

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