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Demanda por biológicos impulsiona Novozymes

Em três safras, empresa registra 3,5 milhões de hectares tratados no Brasil com seus produtos não químicos

30 ago 2021 - 05h11
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A dinamarquesa Novozymes, líder global em soluções biológicas, prevê que a divisão agrícola feche 2021 com faturamento 86% maior no Brasil. O mercado como um todo deve crescer 29%. No primeiro semestre, a receita com vendas de inoculantes e biodefensivos da Novozymes subiu 64%. "A expectativa considera os pedidos já contratados para aplicação na safra 21/22 que serão entregues e faturados no segundo semestre", explica Maximiliano D'Alessio, diretor de operações na América Latina. Em 2020, a receita global foi de cerca de US$ 450 milhões - 30% no Brasil. Este ano, a meta é chegar aos 50%. O preço remunerador da soja, que perfaz 80% a 85% das vendas, é o principal fator de impulso, além da maior demanda por insumos sustentáveis. Com o avanço, a empresa espera alcançar no fim do ano participação de mercado de 12%, ante os atuais 10%.

Reforço

O melhor desempenho da Novozymes no País também deve vir de uma atuação mais forte no Centro-Oeste, com maior presença nas revendas de insumos agrícolas. Na região, estima que detém 12% de mercado e prevê encerrar a safra com 13%. Hoje, a empresa trabalha com 800 redes de distribuidores e projeta alcançar 1 mil até o fim do ano. A mais recente parceria foi fechada com a Fiagril, que atua em Mato Grosso, Tocantins e Amapá.

Inova

D'Alessio conta que o aporte da Novozymes na safra 2021/22 foi para a criação de uma tecnologia que torna os seus biológicos compatíveis com o uso de químicos. A companhia investe 10% de sua receita anual em pesquisa e desenvolvimento no País. Um quarto das vendas deve vir de quatro novos produtos inseridos no portfólio este ano. Para as próximas safras, o foco está também em parcerias com fabricantes de insumos químicos para comercialização de sua biotecnologia. Há negociações em andamento com FMC, Syngenta e UPL, revela o executivo.

Aposta...

Também no segmento de defensivos biológicos, a AgBiTech, presente há cinco anos no Brasil, está colocando suas fichas no comércio online para impulsionar os negócios. A empresa de origem australiana que hoje tem sede nos Estados Unidos acaba de entrar no marketplace Agrofy, um dos maiores do setor no País, e espera transacionar US$ 1,6 bilhão por este canal em cinco anos.

...virtual

Com forte atuação em biolagarticidas para controle da lagarta-do-cartucho, que ataca lavouras de milho, e liderança no segmento para as culturas de milho e soja, a AgBiTech prevê a partir de 2022 ampliar sua base de clientes em 20%, diz Murilo Moreira, diretor de marketing. Em três safras, a empresa contabiliza 3,5 milhões de hectares tratados no Brasil com seus produtos não químicos.

Inversão

De imediato, o executivo celebra o crescimento de 113% do mercado de biolagarticidas para milho na safra 2020/21, com US$ 2,9 milhões movimentados, enquanto o de inseticidas como um todo para lagartas do milho encolheu 20%, para US$ 127,5 milhões. A área de milho tratada com biolagarticidas aumentou 495%, para 415,5 mil hectares, segundo dados levantados pela Spark Inteligência Estratégica, que apontaram a participação de 31% da AgBiTech no segmento.

Sacas...

A trading Timbro vai aceitar pagamento de aeronaves por meio de barter, ou seja, com a entrega de produtos agrícolas em troca do bem. A empresa, que também exporta commodities, viu aumentar em 40% a procura por aeronaves no primeiro semestre, da qual 80% de clientes do agronegócio. Philipe Figueiredo, diretor comercial de Aviação conta que há expectativa de fechar 2021 com mais de 30 aeronaves importadas, das quais 75% para o agro e 10% por barter.

...por jato

A boa performance do agro tem sustentado a demanda por helicópteros, aeronaves executivas, como jatos, e em menor proporção, aeronaves agrícolas, diz Figueiredo. O agronegócio deve impulsionar os resultados de Aviação da Timbro, que espera uma maior participação do setor na importação de aeronaves (75% contra 60% do ano passado). O peso desta atividade no faturamento da trading, por sua vez, deve aumentar de 5% em 2020 para 8% em 2021 e 12% em 2022.

Crédito

Nos seus 12 primeiros meses de operação, a partir do início em julho de 2020, a agrofintech Creditares aprovou R$ 50 milhões para produtores rurais. A meta para 2022 é alcançar R$ 380 milhões e, em 2023, R$ 1 bilhão. Sonhar alto é perfeitamente possível, segundo o CEO da companhia, José Corral, lembrando que esse valor corresponde a 5% do mercado em Mato Grosso, nicho para a Creditares.

Oportunidades. A Creditares usa o open banking, que permite que instituições financeiras compartilhem dados e histórico do cliente se ele autorizar. "Queremos que o produtor possa escolher (a melhor oportunidade)", diz Corral. A empresa, selecionada para participar do programa Lift, do Banco Central, que fomenta inovações para o sistema financeiro nacional, está em rodada de captação para lançar uma nova plataforma até o fim do ano.

Estadão
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