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Desemprego tem ligeira alta e fica em 4,8% em novembro

Taxa no mês passado ficou 0,1 ponto percentual acima da vista em outubro e interrompeu série de quedas na taxa para o mês que vinha desde 2007

19 dez 2014 - 09h31
(atualizado às 10h20)
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<p>Em novembro, a população desocupada cresceu 4,4% na comparação mensal</p>
Em novembro, a população desocupada cresceu 4,4% na comparação mensal
Foto: Terra

O desemprego no Brasil subiu a 4,8% em novembro, acima do esperado devido à maior procura por vagas, porém com a renda média do trabalhador crescendo sobre o mês anterior.

A taxa de novembro, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou 0,1 ponto percentual acima da vista em outubro, e interrompeu série de quedas na taxa para o mês que vinha desde 2007.

O resultado superou a mediana das expectativas em pesquisa da Reuters de 4,4% mas ficou abaixo da taxa mais alta do ano, de 5,1% vista em fevereiro.

Em novembro, a população desocupada, que são as pessoas sem trabalhar mas à procura de uma oportunidade, avançou 4,4% na comparação mensal, atingindo 1,192 milhão de pessoas. Já a população ocupada cresceu 0,5% sobre outubro, chegando a 23,383 milhões de pessoas.

O IBGE também informou que a renda média real subiu 0,7% em novembro sobre outubro e avançou 2,7% sobre um ano antes, a R$ 2.148,50.

Embora a taxa de desemprego permaneça em níveis historicamente baixos, o cenário econômico brasileiro fraco somado à inflação elevada e à alta dos juros tem provocado perda de ímpeto do mercado de trabalho.

O Brasil teve em novembro a pior abertura de vagas formais de trabalho para o mês, apenas 8.381 postos, de acordo com números do Ministério do Trabalho, com elevadas demissões na construção civil, indústria e agricultura e menor oferta de vagas no setor serviços.

Pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, cujo objetivo é que substitua a PME, a taxa de desemprego ficou estável em 6,8% no terceiro trimestre, com queda no emprego com carteira assinada no setor privado.

Para o próximo ano, a tendência é que o Brasil experimente uma reversão da queda do desemprego e da tendência de ganhos reais de salários, a não ser que haja uma mudança nas expectativas dos empresários.

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