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Desocupação chega a menor nível da série histórica e população ocupada bate recorde, diz IBGE

O rendimento médio real dos trabalhadores brasileiros se manteve estável, estimado em R$ 3.206

30 ago 2024 - 09h33
(atualizado às 10h43)
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A taxa de desocupação caiu pelo quinto trimestre seguido, chegando ao menor percentual para o período na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, iniciada em 2012. De maio a julho de 2024, o IBGE registrou 6,8% de desocupados.

Com isso, a população ocupada nos setores público e privado bateu recorde: 102 milhões de brasileiros estão trabalhando.

Ainda em números absolutos, os 6,8% de desocupados representam 7,4 milhões de brasileiros. É o menor número de pessoas procurando por uma ocupação no país desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

Gráfico do IBGE mostra trajetória de queda da desocupação
Gráfico do IBGE mostra trajetória de queda da desocupação
Foto: IBGE

“O trimestre encerrado em julho mantém os resultados favoráveis do mercado de trabalho que vinham sendo observados ao longo do ano, com queda da desocupação e expansão contínua do contingente de trabalhadores”, afirma a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.

A queda de desocupados em comparação com o trimestre anterior foi de 0,7 ponto percentual. Já o aumento no número de ocupados foi de 1,2% (mais 1,2 milhão de pessoas), na comparação trimestral. No ano, 2,7 milhões de brasileiros saíram do desemprego.

Os empregados do setor privado chegaram a 52,5 milhões, maior contingente da série, crescendo 1,4% (mais 731 mil pessoas) no trimestre e de 4,5% (mais 2,2 milhões de pessoas) no ano. Já os empregados do setor público chegaram ao recorde de 12,7 milhões, com altas de 3,5% (424 mil pessoas) no trimestre e de 3,6% (436 mil pessoas) no ano.

No setor privado, houve recordes tanto no número de empregados com carteira quanto no contingente dos sem carteira de trabalho assinada: 38,5 milhões e 13,9 milhões, respectivamente. O grupamento de atividade que impulsionou a ocupação no setor privado foi o Comércio, com alta de 1,9% no trimestre.

“Parte expressiva da expansão da ocupação no comércio ocorreu por meio do emprego com carteira de trabalho assinada, o que contribui para a melhoria da cobertura de formalidade nessa atividade”, analisa Adriana Beringuy.

No setor público, o recorde foi puxado pelos servidores públicos com e sem carteira de trabalho assinada, que também atingiram seus maiores contingentes na série histórica da PNAD Contínua: 1,6 milhão e 3,3 milhões, respectivamente. O número de servidores públicos sem carteira cresceu 7,4% na comparação trimestral. Já o número dos servidores com carteira aumentou 10,6% no trimestre.

O crescimento da ocupação no setor público decorre, principalmente, de trabalhadores que atuam no segmento do ensino fundamental e na administração pública municipal, segundo analisa Beringuy, do IBGE.

Ainda no setor público, o segmento dos militares e funcionários estatutários, que ingressam na profissão através de concursos, ficou estável nas duas comparações, permanecendo em 7,8 milhões, contingente inferior ao recorde desse grupo (8,4 milhões), que fora atingido no trimestre encerrado em fevereiro de 2021.

Rendimento fica estável no trimestre e cresce 4,8% no ano

No trimestre encerrado em julho, o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.206, com estabilidade frente ao trimestre móvel anterior e alta de 4,8% na comparação anual.

Já a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores, chegou a R$ 322,4 bilhões, mostrando altas de 1,9% no trimestre e de 7,9% na comparação anual.

Fonte: Redação Terra
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