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Diário do impeachment: 12 abstenções podem salvar Dilma

16 abr 2016 - 11h21
(atualizado às 11h23)
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Quem dá o impeachment da presidente Dilma Rousseff como fato consumado pode ter uma surpresa na votação do pedido pelo plenário da Câmara neste domingo (17). Após perder aliados durante toda a semana, o governo finalmente registrou uma reação nesta sexta-feira (15), com a mudança de posição de alguns deputados. E mais: bastariam 12 abstenções, dentre 513 parlamentares, para Dilma derrubar o processo, ainda que por uma margem mínima.

A estimativa é da Pulso Público, consultoria de análise política. Com base nas últimas notícias, o melhor cenário da Pulso é que os votos contrários ao impeachment chegarão a, no máximo, 170. Ou seja, dois a menos que o necessário para barrá-lo. No cenário intermediário, o total baixa para 160 defensores.

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O elemento decisivo seria, portanto, quantos deputados optariam por faltar a votação para não se comprometer com nenhum dos lados. O único exemplo à mão é a votação, em 1992, do impedimento de Fernando Collor de Mello. Naquele episódio, 5% dos parlamentares se abstiveram. Trata-se de uma taxa de ausência bem inferior aos 20% de taxa média de outras votações que requerem maioria qualificada na Câmara.

Se esse percentual de 5% de abstenções se mantiver no domingo, corresponderá a 25 deputados. Assumindo que essas faltas afetem por igual tanto os pró-impeachment, quanto os aliados de Dilma, significaria 12,5 votos a menos para cada grupo. Mas, quando se soma essa dúzia de abstenções aos 170 votos do melhor cenário da Pulso, ou mesmo ao cenário intermediário de 160 votos, o total obtido indica que a presidente poderá se salvar, ainda que por uma estreitíssima margem.

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“Desde o começo da semana, está claro que o governo sozinho não vai mobilizar deputados suficientes para barrar o impeachment”, explica o cientista político Vítor Oliveira, sócio da Pulso. “Mas partidos pequenos e alguns deputados podem optar por não votar para se proteger”, completa. A esta altura, isso já ajudaria bastante Dilma.

Foto: Reuters
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