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Dilma mostra otimismo sobre criação de banco do Brics

O ato é o mais aguardado da cúpula do grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul em cúpula nesta terça-feira, em Fortaleza

15 jul 2014 - 10h14
(atualizado às 14h30)
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A presidente Dilma Rousseff se declarou otimista com a possibilidade de assinatura de acordo entre os principais emergentes para a criação do Novo Banco de Desenvolvimento. O ato é o mais aguardado da cúpula do grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics) em cúpula nesta terça-feira, em Fortaleza.

“Eu estou (otimista), porque eu acredito que os Brics têm dado grandes passos no sentido de criar instituições que vão beneficiar os países emergentes e em desenvolvimento”, declarou a presidente antes de deixar o hotel em direção ao local da conferência.

<p>Estou (otimista), porque eu acredito que os Brics têm dado grandes passos no sentido de criar instituições que vão beneficiar os países emergentes e em desenvolvimento, disse a presidente.</p>
Estou (otimista), porque eu acredito que os Brics têm dado grandes passos no sentido de criar instituições que vão beneficiar os países emergentes e em desenvolvimento, disse a presidente.
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Dilma não quis antecipar a posição brasileira, mas uma fonte do governo a par das negociações disse, em condição de anonimato, que para fechar o acordo o Brasil vai sugerir reduzir o mandato do presidente da instituição, hoje acordado em cinco anos. Um dos principais pontos de impasse é a definição de quem será o primeiro país a indicar um executivo para presidir a instituição. O Brasil tem interesse no posto, assim como Rússia e Índia.

Politicamente, ser o primeiro presidente implica poder tomar das primeiras decisões e fazer as primeiras definições de operação do banco. A presidência deve ser rotativa e conduzida por um executivo a ser indicado pelo país que estiver no rodízio. O país que sediar o banco consequentemente será o último a poder indicar o presidente da instituição.

A estrutura básica da instituição já está definida. Para evitar sobreposição de poder, os cinco sócios terão cotas igualitárias, de 20% cada. O capital inicial da instituição será de US$ 50 bilhões para investimentos em projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável. Já a organização do banco será nos moldes de uma sociedade anônima (S.A.), com conselho de governadores (representado os países), conselho de administração e um presidente (CEO).

Arranjo Contingente de Reservas

Outro ato, dentre os quatro acordos a serem firmados nesta terça, visto como ponto mais pacífico é o que cria o Arranjo Contingente de Reservas (CRA, na sigla em inglês). O mecanismo funciona como solução anticrise em caso de problemas de pagamento entre um dos membros – algo aos moldes do Fundo Monetário Internacional (FMI).

“O acordo, que tem um montante de US$ 100 bilhões, vai contribuir para que esse processo de volatilidade enfrentado por diversas economias quando da saída dos Estados Unidos da política de expansão monetária seja mais contido, mais administrado. E dá segurança, uma espécie de rede de proteção aos países Brics e aos demais”, avaliou Dilma.

Fonte: Terra
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