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Dilma: todos serão afetados pela queda do preço do petróleo

Segundo a presidente, os países que mais sofrerão com a queda são os que tributam sobre o petróleo e obtêm do produto uma das principais fontes de arrecadação, o que não é o caso do Brasil

5 dez 2014 - 22h23
(atualizado em 6/12/2014 às 09h06)
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<p>"O mundo inteiro vai ser afetado, de uma forma ou de outra, alguns positivamente, outros negativamente", diz Dilma. Na foto, a presidente aparece ao lado dos líderes dos países que compõem a Unasul</p>
"O mundo inteiro vai ser afetado, de uma forma ou de outra, alguns positivamente, outros negativamente", diz Dilma. Na foto, a presidente aparece ao lado dos líderes dos países que compõem a Unasul
Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência da República

A presidenta Dilma Rousseff reconheceu nesta sexta-feira (5) os efeitos que serão causados pelas quedas recentes do preço do petróleo no mercado internacional. Em entrevista coletiva concedida em Quito, no Equador, onde participa da Cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), a presidenta disse que o “mundo inteiro vai ser afetado, de uma forma ou de outra, alguns positivamente, outros negativamente”.

“Sempre que o preço das commodities cai, impacta tanto as [commodities] minerais como as alimentícias, impacta os países dominantemente produtores de commodities. A América Latina tem uma grande participação nisso. Nesse sentido, ela vai ser impactada pela queda do preço”, disse. Segundo ela, no entanto, o Brasil sofre impacto das variações dos preços, mas tem outra diversidade.

Para a presidenta, os países que mais serão afetados com a queda são os que tributam sobre o petróleo e obtêm do produto uma das principais fontes de arrecadação, o que não é o caso do Brasil. Do outro lado, segundo ela, existem as nações que são afetadas beneficamente com a queda, pois importam a matéria-prima. Mais cedo, durante discurso na Unasul, Dilma havia dito que “o desafio do desenvolvimento é ainda maior” na atual conjuntura da crise internacional de queda nos preços”.

Sobre a cúpula, Dilma informou que foi definido um plano de ação para os próximos passos da Unasul. Algumas decisões já foram aprovadas conjuntamente, como o estatuto e o regulamento da Escola Sul-Americana de Defesa e a criação de uma unidade de apoio eleitoral entre os países. Outras propostas, como a de um banco de preços de medicamentos para facilitar a comercialização e a gestão de riscos de desastres naturais, ainda estão em discussão.

Um dos principais pontos que entrou em pauta na reunião dos chefes de Estado e de Governo, inclusive no discurso da presidenta, foi a ampliação dos investimentos em infraestrutura. Segundo Dilma, os 33 projetos considerados principais pela comissão da Unasul encarregada de planejar as ações serão reduzidos para até sete, com o intuito de implementá-los “de fato”.

Durante a Cúpula, os líderes dos 12 países participaram de cerimônia de inauguração da nova sede da Unasul, em Quito. Uma estátua em homenagem a Néstor Kirchner, ex-presidente argentino e primeiro secretário-geral do bloco, foi inaugurada. Durante o evento, o presidente do Equador, Rafael Correa, a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, e o novo secretário-geral, Ernesto Samper, elogiaram o ex-presidente, falecido em 2010, e destacaram a importância da integração regional.

Agência Brasil Agência Brasil
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