Dilma: Trabalharemos com quem quiser nas “nossas condições”
A presidente Dilma Rousseff respondeu a presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, que apoiou mais cedo a criação do Arranjo Contingente de Reservas (CRA, na sigla em inglês). Lagarde se mostrou interessada em cooperar com o mecanismo anticrise recém-criado pelo bloco emergente.
“As condições em que isso (cooperação com FMI) se dará, é absolutamente precipitado discutir isso. Nós trabalharemos em cooperação com todos aqueles que quiserem trabalhar conosco nas nossas condições”, disse a presidente.
O CRA é um mecanismo anticrise em caso de problemas de pagamento dos Estados-membro do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O Arranjo Contingente de Reservas mobiliza US$ 100 bilhões na seguinte repartição: China, 41%; Brasil, 18%; Rússia, 18%; Índia, 18%; e África do Sul, 5%.
Dilma reiterou que o CRA não rivaliza com o FMI e que os emergentes não só tem interesse na instituição como querem uma reforma da instituição, ampliando o espaço dos emergentes – hoje, mais relevantes no cenário econômico mundial. “Nós estamos interessados em garantir um posicionamento do Brasil e dos países emergentes dentro do Fundo Monetário”, disse.
“Queremos que o FMI como uma instituição do sistema financeiro reflita a correlação de forças econômicas da economia internacional. Nós, países emergentes, tendo a posição de temos na economia, temos de ter a mesma representação. Não é possível a gente ter uma representação menor”, declarou a presidente.
