Dinheiro e relacionamento: 5 mitos que você pode ter acreditado
Existem mitos que precisam ser desconstruídos pra ontem
Um levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que somente 44% dos brasileiros falam frequentemente sobre dinheiro com os membros da família, e ainda 39% só entram nesse assunto quando a situação financeira já não é boa ou imaginam que pode surgir um problema.
A relação entre dinheiro e amor pode ser complicada, mas para facilitar, a CEO da fintech Noh, Ana Zucato, revela 5 mitos sobre dinheiro e relacionamentos, além de dar dicas que vão ajudar quem quer lidar melhor com o dinheiro como casal.
1. Dinheiro é um assunto que só gera brigas entre o casal
Isso é um mito que precisa ser desconstruído para ontem. A falta de organização financeira está entre as principais causas de discussões entre casais.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 57% dos divórcios realizados no Brasil na última década foram motivados por problemas financeiros.
Ou seja, só conversando que o casal consegue alinhar expectativas, falar dos planos futuros e, claro, planejar as conquistas a dois como compra de casa, carro, viagem etc.
2. Não se deve abrir o quanto ganha para o parceiro(a)
Outro mito. Para que os gastos compartilhados sejam divididos de uma forma justa é bom que o casal mantenha o diálogo aberto e fale sobre sua renda, sobre seus investimentos, gastos e planos futuros de um jeito transparente e honesto.
Não tem como guardar segredo se o objetivo é construir uma vida a dois.
3. Só dá para compartilhar gastos fixos como aluguel ou seguro do carro
Isso não é verdade. Podemos dividir qualquer gasto coletivo do dia a dia, desde aquela cervejinha no happy hour até um churrasco em família onde as compras são feitas por uma única pessoa, mas o valor é dividido por todos os presentes no evento.
Falando em casais, os gastos com pets, filhos ou pais idosos também podem ser divididos. A boa notícia é que existem soluções que ajudam na hora de dividir e pagar as contas.
4. O casal precisa dividir as contas na proporção 50/50% sempre
Mito. Diversos especialistas afirmam que o ideal é fazer a divisão proporcional ao salário que cada um ganha.
A sugestão é: quem ganha mais, paga mais. Por exemplo, na fintech Noh, 75% dos usuários dividem os gastos de forma diferente de 50/50%.
No caso de gastos variáveis, é possível personalizar a proporção do pagamento a cada nova compra, já que pode acontecer, por exemplo, de uma despesa no mercado ter itens que sejam individuais.
5. Abrir uma conta conjunta é a melhor forma de dividir gastos
Mito. Abrir uma conta conjunta em um banco tradicional custa, em média, R$ 80 por mês. Pela burocracia e funcionalidades que oferece, pode acabar não valendo o investimento, embora seja o método mais antigo de divisão de despesas.
Atualmente temos outras opções, mais simples e até gratuitas, como cartões compartilhados. Por isso, eles podem ser uma opção melhor para casais que querem ter mais controle do orçamento familiar.
Dicas para lidar melhor com o dinheiro no relacionamento
• Planejamento familiar se constrói com diálogo, não controle
Essa é a máxima para qualquer relação, mas principalmente falando de casais que dividem os gastos. O diálogo é fundamental, pois nem todos têm a mesma visão sobre o dinheiro. Conversar com o parceiro (a) é a melhor forma de descobrir como ele (a) lida com os gastos, se pensa em investir ou se guarda uma reserva para emergências que às vezes acontecem. Falar sobre isso não é dar permissão para que o outro controle o seu dinheiro. Muito pelo contrário, é uma forma de impor limites aos gastos que serão divididos e aqueles que são individuais.
• Não precisa ser expert em finanças para se organizar com o seu par
Você não precisa ser formado em economia, contabilidade ou áreas correlatas para organizar seu orçamento familiar. Basta ter interesse e buscar informações que te ajudem a desenvolver com seu parceiro (a) a melhor forma de conversar, prever e dividir as despesas do dia a dia.
• Consultoria financeira não serve só para investimentos
Isso ainda é um tabu, já que boa parte dos brasileiros prefere não falar em dinheiro com os parceiros nem com um profissional que possa dar orientações para os casos de endividamento, por exemplo. Se você está nessa situação, com dívidas e não sabe o que fazer, procure ajuda de um profissional. O bem-estar financeiro está ligado diretamente à nossa saúde física e mental e uma consultoria pode te ajudar a enxergar uma saída mesmo quando o saldo está no vermelho.