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Cashback: saiba se vale a pena e como funciona a modalidade prevista na reforma tributária

Ferramenta de recompensa já é utilizada para atrair novos clientes e incentivar o consumo

10 jul 2023 - 05h00
(atualizado às 11h31)
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Modalidade permite ter de volta uma parte do dinheiro investido em uma compra
Modalidade permite ter de volta uma parte do dinheiro investido em uma compra
Foto: Imagem ilustrativa: Pickawood/Unsplash

Diante dos novos hábitos de compras e da necessidade de estimular o consumo, os comerciantes foram obrigados a inovar para se destacarem no mercado de varejo. Lojas online têm oferecido há algum tempo para clientes cashback, que permite ter de volta uma parte do dinheiro investido em uma compra.

Nesta modalidade, os clientes acumulam uma espécie de crédito a partir da compra de alguns produtos e, posteriormente, têm esse dinheiro de volta – seja na conta ou como crédito para compra de outros produtos.

A ferramenta de recompensa também foi incluída na PEC da reforma tributária, aprovada pela Câmara na última semana.  As faixas da população que serão beneficiadas e o funcionamento do mecanismo vão ser definidos por uma lei complementar futura.

No mercado de varejo, o cashback é utilizado para atrair novos clientes e incentivar o consumo. Para especialistas ouvidos pelo Terra, a utilização da modalidade pode ser boa tanto para lojistas quanto para clientes.

Para William Santos, diretor comercial da VarejOnline, empresa especializada em tecnologia para gestão de lojas, franquias e pontos de venda (PDV), no caso dos lojistas o programa de cashback ajuda a atrair novos clientesincentivar a fidelização dos clientes e aumentar a visibilidade e o ticket médio das vendas.

“Quando os clientes sabem que receberão uma porcentagem de volta, eles tendem a gastar mais, buscando aproveitar ao máximo o benefício. Isso resulta em um aumento do valor médio gasto por compra, impulsionando o faturamento da loja”, explica William Santos.

Dos clientes que recebem cashback, entre 20 e 40% retornam para a loja em até 18 dias, e o lojista pode ter um faturamento de pelo menos 10% a mais em até 3 meses. “No final de tudo, o consumidor realiza novas compras na loja por um custo menor devido ao retorno do cashback, e o lojista consegue aumentar as vendas e ainda fidelizar o cliente”, acrescentou o diretor comercial.

Cliente

Para Renata Abalém, advogada e diretora Jurídica do Instituto de Defesa do Consumidor e do Contribuinte (IDC), embora receber uma parte do dinheiro de volta seja uma forma lucrativa de adquirir um produto, o consumidor deve avaliar as vantagens dessa benesse.

Hoje o mercado permite utilizar o cashback de três formas:

  • De forma livre: permite você sacar, transferir, crédito na fatura, dentre outros;
  • De forma social: a empresa informa qual instituição em prol de causas sociais que receberá a quantia;
  • De forma exclusiva: condiciona o cliente o dever de usar de forma definida pela empresa.

“O consumidor deve verificar se realmente está obtendo vantagem nesta compra ou se está vinculando-o à compra de outros produtos. Se condiciona o consumidor a comprar apenas naquela rede, e o consumidor não consome muito aquele determinado produto, talvez não traga benesse”, disse a especialista.

Fonte: Redação Terra
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