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Gol e Azul disparam em dia de queda do dólar; Bradesco BBI eleva preços-alvo

2 fev 2023 - 16h16
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As ações da Gol e da Azul disparavam nesta quinta-feira, em uma sessão marcada pela queda do dólar frente ao real, e em meio à elevação pelo Bradesco BBI dos preços-alvo de ambas as companhias, com visão de que a demanda no mercado aéreo brasileiro dá sinais de resiliência, apesar das altas tarifas.

Às 16:10, as ações preferenciais da Gol avançavam 14,73%, a 8,57 reais cada, e as preferenciais da Azul tinham elevação de 10,25%, a 12,8 reais, liderando as altas do Ibovespa, que recuava 1,02%.

No mercado de câmbio, o dólar recuava 0,63%, a 5,0323 reais na venda, com nova desaceleração no ritmo de aperto monetário nos Estados Unidos e manutenção da Selic em 13,75% endossando o diferencial de juros favorável à divisa brasileira. Na mínima, o dólar foi abaixo de 5 reais pela primeira vez em quase oito meses.

O Bradesco BBI, por sua vez, aumentou o preço-alvo do papel da Gol de 10 para 11 reais, enquanto elevou a estimativa de receita líquida e Ebitda em 2023 em 8% e 6%, para 19 bilhões e 4 bilhões de reais, respectivamente. No entanto, o banco manteve a recomendação "neutra".

"Esperamos que a empresa enfrente dificuldades de liquidez no primeiro e segundo trimestre de 2023, quando a maioria das passagens para voos ocorridos no período foram adquiridas em trimestres anteriores, resultando em consumo de caixa", escreveram em relatório enviado no final da quarta-feira.

A equipe liderada por Victor Mizusaki ressaltou, porém, que a Gol deve reportar capacidade acima dos níveis de 2019 no próximo resultado a ser divulgado, referente ao quarto trimestre do ano passado.

No caso de Azul, o preço-alvo passou de 30 para 32 reais, com manutenção da recomendação "outperform". Os analistas elevaram a projeção do Ebitda neste ano em 17%, para 5 bilhões de reais, mas a projeção de receita líquida caiu 11%, a 18,5 bilhões de reais.

As alterações, de acordo com os analistas, refletem a estratégia da empresa de limitar a adição de capacidade para manter tarifas aéreas mais altas.

"Daqui para frente, esperamos que a Azul mantenha a disciplina de capacidade, a fim de preservar a rentabilidade, enquanto a adição de 58 novos slots no aeroporto de Congonhas em março de 2023 deve ajudar a empresa a crescer no segmento corporativo", afirmaram os analistas.

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