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Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Americanas

Varejista pediu prazo de 48 horas para apresentar a lista com todos os credores

19 jan 2023 - 14h08
(atualizado às 17h58)
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Americanas entrou com pedido de recuperação judicial nesta quinta-feira, 19, cerca de uma semana depois da divulgação de rombo bilionário na companhia
Americanas entrou com pedido de recuperação judicial nesta quinta-feira, 19, cerca de uma semana depois da divulgação de rombo bilionário na companhia
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

A Justiça aceitou na tarde desta quinta-feira, 19, o pedido de recuperação judicial da Lojas Americanas. A empresa diz ter uma dívida de R$ 43 bilhões e afirmou que o seu caixa vem sendo drenado pelos bancos. A recuperação judicial da Americanas é a quarta maior da história do Brasil.

A crise na Americanas começou com a renúncia do CEO Sergio Rial (ex-Santander) no dia 11 de janeiro, apenas dez dias depois de assumir o cargo. Quando anunciou sua saída da empresa, Sergio Rial emitiu um comunicado ao mercado, por meio de fato relevante, reportando um rombo avaliado inicialmente em R$ 20 bilhões. A companhia pagava fornecedores por meio de uma triangulação com bancos, mas os pagamentos não foram devidamente dimensionados e realizados, gerando a dívida.

Na justificativa para a entrada do pedido, a empresa disse que o "potencial descumprimento de obrigações contratuais acessórias, previstas em vários dos contratos celebrados com seus credores, inclusive estrangeiros, tornou-se iminente o risco de declaração de vencimento antecipado e imediato da totalidade de suas bilionárias obrigações, seguido da 'corrida pelos ativos' das Requerentes".

Ações

Os papéis da Americanas ampliaram as perdas após a divulgação de que a empresa entraria com o pedido de recuperação judicial. Depois de entrar em leilão por oscilação máxima permitida, as negociações foram interrompidas logo na sequência com a divulgação de fato relevante confirmando a informação. Os papéis registravam queda de 24,71% antes da interrupção.

*COLABOROU ELISA CALMON

Estadão
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