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Nomeação de Paes de Andrade é ilegal e será questionada na Justiça, diz FUP

Segundo Bacelar, a aprovação de Caio Paes de Andrade para a presidência da Petrobras é mais um "puxadinho eleitoreiro de Bolsonaro"

27 jun 2022 - 15h06
(atualizado às 17h10)
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Foto: Poder360

O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, afirmou que após a eleição do secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade, para a presidência da Petrobras, a entidade está ultimando, junto com a associação de acionistas petroleiros, Anapetro, uma ação judicial contra o resultado.

As entidades classificam a nomeação como ilegal e preparam ação para entrar ainda hoje na Justiça Federal do Rio de Janeiro.

Segundo Bacelar, "a aprovação de Caio Paes de Andrade para a presidência da Petrobras é mais um puxadinho eleitoreiro de Bolsonaro". "A decisão do Conselho de Administração da empresa é ilegal, pois o currículo e a experiência profissional do indicado são reconhecidamente insuficientes para gerir a maior empresa do Brasil, o que fere a Lei das Estatais", afirmou o sindicalista em nota, em que critica ainda a falta de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGO) para respaldar a nomeação.

Em ata do Comitê de Elegibilidade (Celeg) da estatal, divulgada no sábado, apenas o conselheiro Francisco Petros votou contra a eleição de Paes de Andrade, entre os demais quatro membros do Celeg, sendo dois de fora do Conselho da companhia.

O Celeg aprovou o executivo sem ressalvas, apenas as de praxe, como não fazer negócios entre empresas próprias e a Petrobras .

Já na votação desta segunda-feira, do Conselho de Administração, o nome de Paes de Andrade foi rejeitado por três conselheiros para a presidência, segundo fontes.

Além do executivo não ter experiência no setor, como exige o estatuto, não tem reconhecimento do Ministério da Educação (MEC) dos seus diplomas de pós-graduação e nunca dirigiu uma empresa do porte da Petrobras.

Estadão
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