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Por que não falamos sobre o G do ESG?; leia artigo

Governança forte pode ajudar a gerenciar riscos relacionados a questões ambientais e sociais

12 mai 2023 - 06h21
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Fatores ambientais, sociais e de governança (ESG) são cada vez mais considerados pelos investidores na busca de entender e avaliar a sustentabilidade e o impacto ético das empresas nas quais investem. Entre esses fatores, a governança é um elemento crítico que pode afetar o desempenho de longo prazo e o perfil de risco de uma empresa.

Governança refere-se aos sistemas, processos e princípios pelos quais uma empresa é dirigida e controlada. Inclui estruturas e processos de tomada de decisão existentes, bem como políticas e práticas que garantem responsabilidade, transparência e tratamento justo de todas as partes interessadas.

A governança eficaz é essencial para o sucesso de longo prazo de uma empresa e pode ter um impacto significativo em seu desempenho ambiental e social. Por exemplo, uma governança forte pode ajudar uma empresa a gerenciar riscos relacionados a questões ambientais e sociais, como mudanças climáticas, direitos humanos e práticas trabalhistas. Também pode ajudar a garantir que uma empresa opere de maneira responsável e sustentável.

Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) realizada com 79 empresas presentes no Brasil, o fator mais importante em ESG é a governança. Ainda de acordo com a pesquisa, em termos de melhoria das práticas de governança, as empresas entendem que primeiro precisam reduzir os riscos do negócio, depois, melhorar a reputação da organização.

Ter boa governança corporativa ajuda empresa a atingir metas ambientais e sociais
Ter boa governança corporativa ajuda empresa a atingir metas ambientais e sociais
Foto: Herton Escobar / Estadão / Estadão

Existem vários elementos-chave da boa governança que são particularmente relevantes para as considerações sobre ESG. Eles incluem: independência do conselho, remuneração executiva, divulgação e transparência e envolvimento das partes interessadas.

Uma diferença importante entre as métricas ambientais e de governança é que as métricas ambientais tendem a se concentrar no impacto direto das operações de uma empresa no meio ambiente, enquanto as métricas de governança se concentram nos sistemas e processos que uma empresa possui para gerenciar e mitigar os riscos ambientais. Por exemplo, as métricas ambientais podem incluir emissões de gases de efeito estufa, uso de água e geração de resíduos, enquanto as métricas de governança podem incluir diversidade do conselho, remuneração executiva e engajamento das partes interessadas.

Em conclusão, a governança é um fator importante nessas considerações. Embora as métricas ambientais e de governança possam diferir em seu foco, ambas são importantes para entender a sustentabilidade e o impacto ético de uma empresa. / CYNTHIA CATLETT É VP DA CRA NO BRASIL

Estadão
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