Preço do feijão continuou a subir em abril e cesta básica fica mais cara em 14 capitais
Custo da cesta básica aumentou em 14 de 17 capitais, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos
O preço do feijão voltou a subir em 17 capitais brasileiras durante o mês de abril, após já ter ficado mais caro em março. A subida nos preços acompanhou o custo total da cesta básica, que também ficou mais cara em 14 das 17 capitais pesquisadas.
O feijão preto teve a maior alta em Vitória (ES), onde ficou 4,96% mais caro. Já o tipo carioquinha ficou 7,96% mais caro em Campo Grande (MS).
Conforme o relatório da pesquisa, a possível causa da disparada nos preços dos feijões se deve à menor oferta do grão preto na entressafra. Já para o grão carioca, a baixa produtividade das lavouras, devido às chuvas, reduziu a quantidade ofertada do grão de qualidade — enquanto isso a demanda não diminuiu, fazendo com que os preços nas prateleiras subissem.
Os dados são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgados nesta semana.
A batata também ficou mais cara no último mês. A maior alta foi registrada em Campo Grande, onde os preços subiram 26,88% no período. Em São Paulo, porém, houve queda de -0,59%.
Na contramão, o preço do óleo de soja apresentou queda em todas as capitais em abril, devido à safra recorde registrada recentemente no Brasil. No acumulado de 12 meses, os destaques da redução dos preços do produto vão para Belo Horizonte, onde foi registrada uma alteração de -32,03% nos preços; e para Campo Grande, onde a redução foi de -31,4%.
Cesta básica mais cara
A subida nos preços refletiu no custo total de uma cesta básica em abril: subiu em 14 das 17 capitais analisadas na pesquisa.
Os preços aumentaram mais em Porto Alegre, onde estava custando em média R$ 783,55 (5,02%) e em Florianópolis, com o valor médio de 769,35 (3,65%). São Paulo continua tendo a cesta básica mais cara do país, a R$ 794,68 em média (1,59% mais cara em relação a março).
Por outro lado, reduções nos preços da cesta básica foram sentidos em três capitais: Natal (-1,48%), Salvador (-0,91%) e Belém (-0,57%).
Considerando o salário mínimo atual, de R$ 1.320, e o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador paulista precisou comprometer 56,51% de sua remuneração para comprar uma cesta básica suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em março, o percentual gasto foi de 64,95%, quando o salário mínimo estava a R$ 1.302.