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Preço dos remédios sobe 5,6% a partir de abril, mas impactos não são imediatos; entenda

Reajuste considera inflação e outros fatores, mas preços não são repassados ao consumidor de uma vez

31 mar 2023 - 12h45
(atualizado às 13h49)
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Preço dos remédios sobe a partir de abril, mas impactos não são imediatos
Preço dos remédios sobe a partir de abril, mas impactos não são imediatos
Foto: REUTERS/Akhtar Soomro

O preço de remédios regulados pelo governo federal vai subir em até 5,6% a partir de abril, conforme divulgado pela Câmara de Regulamentação do Mercado de Medicamentos (Cmed), órgão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O aumento, que atinge 28 mil medicamentos, não é imediato e o consumidor deve começar a sentir seus efeitos no fim deste mês.

Esse é o limite do reajuste permitido pelo governo e que pode ser repassado aos consumidores pelas farmácias de uma única vez ou escalonado ao longo do ano.

Como o reajuste não é imediato nem automático, a expectativa do setor é que o aumento nos preços comece a ser sentido no final de abril. Mesmo assim, cabe a cada farmácia decidir aumentar os preços ou não.

O reajuste leva em consideração a inflação e outros três fatores, entenda o cálculo:

• IPCA: inflação oficial do país acumulada de março de 2022 a fevereiro de 2023;

• Fator X: índice que mede o nível de produtividade do setor farmacêutico;

• Fator Y: mede os impactos de itens que estão fora do IPCA;

• Fator Z: existem três níveis (1, 2 ou 3), definidos com base na concorrência do mercado. Se um remédio é vendido por apenas uma empresa, por exemplo, o reajuste vai entrar no nível 3, que é mais baixo.

Agora, se existem uma série de laboratórios que fabricam o mesmo remédio, com mais concorrência, o reajuste é o maior de todos (nível 1).

"Ano atípico"

O percentual de aumento divulgado nesta sexta bate com a projeção calculada pelo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), de 5,6%.

A justificativa para o número, conforme divulgou o sindicato em nota, foi devido ao "ano atípico para a indústria farmacêutica". Entre as razões, estão gargalos operacionais e financeiros; escalada dos custos de produção — puxada pela elevação de preços dos insumos farmacêuticos ativos IFAs), cotados em dólar —, e pelo aumento das tarifas de frete das matérias-primas. 

"Por isso, mesmo reajustando preços pelo índice autorizado ou sendo obrigadas a reduzir descontos em alguns produtos, várias indústrias farmacêuticas fecharam o balanço de 2022 com margens reduzidas", diz o comunicado da Sindusfarma.

Fonte: Redação Terra
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