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Projeto que compensa perdas do ICMS e reduz gastos com piso da Saúde este ano avança no Senado

Texto foi aprovado pela CCJ e agora segue para votação em plenário; com dispositivo incluído, governo precisaria desembolsar R$ 5 bilhões para cumprir piso, e não R$ 20 bilhões

4 out 2023 - 15h27
(atualizado às 20h57)
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BRASÍLIA - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira, 4, o projeto de lei que trata do acordo feito pelo governo federal com os Estados para compensar perdas com a arrecadação do ICMS no ano passado.

BRASILIA DF NACIONAL CCT 27-09-2023 Comissao de Constituicao, Justica e Cidadania (CCJ) realiza reuniao com 13 itens. Destaque para o PL 2.903/2023, que estabelece a data da promulgavßv£o da Constituicao Federal como marco temporal para a regularizavßv£o de terras indigenas. Mesa: senador Dr. Hiran (PP-RR); presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (Univ£o-AP); vice-presidente da CCJ e relator do PL 2.903/2023, senador Marcos Rogerio (PL-RO); senador Magno Malta (PL-ES). Bancada: senador Jor
BRASILIA DF NACIONAL CCT 27-09-2023 Comissao de Constituicao, Justica e Cidadania (CCJ) realiza reuniao com 13 itens. Destaque para o PL 2.903/2023, que estabelece a data da promulgavßv£o da Constituicao Federal como marco temporal para a regularizavßv£o de terras indigenas. Mesa: senador Dr. Hiran (PP-RR); presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (Univ£o-AP); vice-presidente da CCJ e relator do PL 2.903/2023, senador Marcos Rogerio (PL-RO); senador Magno Malta (PL-ES). Bancada: senador Jor
Foto: Roque de Sá/Agencia Senado / Estadão

Os senadores mantiveram o dispositivo incluído pelo relator na Câmara, Zeca Dirceu (PT-PR), e mantido pelo relator no Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que abre brecha para o governo desembolsar valores menores para cumprir os gastos mínimos com a área este ano. O texto segue para votação em plenário.

O PP apresentou uma emenda para suprimir o trecho que determina que a Receita Corrente Líquida (RCL) prevista na Lei Orçamentária de 2023 seja referência para definir a destinação mínima de recursos à Saúde.

Na prática, o mecanismo incluído de última hora na Câmara permite que os gastos mínimos com a área sejam menores do que o estimado com base no último relatório do Orçamento, de julho. O argumento da oposição é que não é possível mexer em um princípio constitucional via projeto de lei. A emenda, no entanto, foi rejeitada por 15 votos favoráveis à manutenção do texto e 11 contrários.

Com o dispositivo incluído no projeto, o governo precisaria desembolsar R$ 5 bilhões para cumprir o piso da Saúde, e não os R$ 20 bilhões se fosse cumprido o princípio constitucional com base na RCL efetivamente realizada.

O impasse se formou porque, com o novo arcabouço fiscal, voltaram a valer os pisos constitucionais para as áreas de Saúde e Educação, que preveem a destinação de 15% da RCL no primeiro caso e de 18% da Receita Líquida de Impostos (RLI) no segundo caso. Isso porque a nova regra de controle das contas públicas revogou o teto de gastos, que havia sido aprovado em 2016, no governo Michel Temer, e limitava o crescimento dessas despesas à variação da inflação.

Em defesa da manutenção do dispositivo, Veneziano afirmou que, se tivesse que desembolsar o valor cheio de R$ 20 bilhões para o cumprimento do piso, outras pastas seriam afetadas com perdas de recursos. "Em não prevalecendo isso (o trecho do PL que garante R$ 5 bilhões para o piso), outros R$ 15 bilhões seriam prospectados do orçamento das demais outras áreas", disse, ao citar, por exemplo, Saúde e Educação.

Apesar da inclusão do trecho no PLP, o Ministério da Fazenda ainda aguarda a resposta de uma consulta formal feita ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a possibilidade de descumprir o piso da Saúde, ou seja, não desembolsar nenhum valor extra para cumprir a regra. O Ministério da Saúde, que não quer perder recursos, se posiciona contrariamente a esta saída.

Em relação ao repasse de recursos federais aos entes federativos, teor principal do projeto, os senadores aprovaram com unanimidade. O projeto prevê uma antecipação de R$ 10 bilhões dos recursos a Estados e municípios decorrentes da compensação das perdas com a arrecadação do ICMS no ano passado, seja por repasses diretos do Tesouro ou abatimento de dívidas.

O texto também determina que a União faça um repasse extra de R$ 2,3 bilhões ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e outro de R$ 1,6 bilhão para o Fundo de Participação dos Estados (FPE).

Texto que reduz gastos da União com piso da Saúde segue para votação em plenário do Senado
Texto que reduz gastos da União com piso da Saúde segue para votação em plenário do Senado
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão
Estadão
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