Comprar imóveis ainda é sim um bom investimento
Especialista dá dicas de como fazer seu dinheiro render mais a partir da compra de um imóvel
Em 2021, foi registrada uma elevação de 12,5% nos preços praticados em imóveis (19,3% em São Paulo), de acordo com o indicador IGMI-R (Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário Residencial) da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Quando o ganho é aplicado sobre o valor patrimonial, a valorização é estimada em até R$ 1,5 trilhão. Dados como esses mostram uma parte das razões para investir em imóveis no Brasil.
“Temos visto o quanto os imóveis têm se valorizado. Nos dois últimos anos, essa valorização tem sido algo bastante relevante. Se tomarmos a maioria das taxas, é muito difícil que alguma aplicação financeira esteja pagando o que o imóvel vem valorizando. Inclusive, o proprietário do apartamento ou casa tem ainda a rentabilidade do mesmo com a locação, por exemplo”, diz Fabiane Guiraud de Souza, diretora comercial da Clarim Imóveis e graduada em Direito com especialização em gestão de negócios.
“Aqui em Campo Largo-PR, é uma realidade a falta de imóvel para locação, é algo gritante, uma oferta baixíssima e uma demanda bem grande. Um novo centro comercial deve ser inaugurado em novembro, com previsão de gerar 6 mil empregos, o que deve provocar a chegada de muita gente de fora para trabalhar no shopping e não tem moradia para atender essas pessoas. Além disso, tem o hospital, que é o maior em número de leitos de UTI da América Latina. Então, são dois pontos focais que vão demandar muito imóvel para locação e não vai ter o suficiente”, completa ela.
Valorização natural e possibilidade de locação
Em resumo, além da valorização natural do imóvel que já vem acontecendo com força no mercado, existe o valor da possível locação, que também tem aumentado de maneira substancial pela falta de oferta com alta demanda de consumo. A grande dica é que não é preciso ter o dinheiro em mãos para investir.
Financiar um imóvel é uma boa pedida, considerando que o aluguel que se recebe ao longo do tempo ajuda a pagar esse parcelamento. Fabiane exemplifica que, há dois anos, vendia um apartamento simples de dois dormitórios por R$ 160 mil, mas, hoje, esse mesmo espaço custa R$ 204 mil.
Sobre a melhor opção para compra, ela conta que imóveis na planta tendem a render mais, já que começa pela valorização do próprio empreendimento em si até a sua entrega final. Por outro lado, o cliente pode perder esse tempo de aluguel, já que o apartamento vai estar em construção.
“Então, é preciso fazer a conta para ver o que fecha melhor para quem está investindo, porque às vezes o dinheiro está aplicado e não vale a pena comprar na planta para daqui a dois anos começar a rentabilizar. Então, de repente vale mais a pena comprar o imóvel já pronto — tira da aplicação, deixa de render lá, mas já começa a rentabilizar no aluguel”, diz ela.
“Quando falamos de investimento, eu vejo que tudo é válido, depende da condição da pessoa para investir no imóvel; se já tem o recurso à vista, se o dinheiro está aplicado e as condições dessa aplicação. É uma linha muito tênue e é isso que eu bato muito aqui com meus corretores. É importantíssimo que nós sejamos consultores. Então, essa questão econômica, de entender de aplicação, de juros, juros compostos, de CDI… Isso é importantíssimo para ajudar o cliente”, completa.
A capitais e suas redondezas são um bom negócio
Outra dica é investir em terrenos em torno de capitais. No entanto, é preciso prestar atenção a esse tópico, já que não é qualquer região que será um bom negócio. É necessário observar para que lado a capital está crescendo e como esse crescimento se dá, se está organizado, sustentável e estruturado. Observar o movimento da cidade faz toda a diferença na hora de investir em torno dela.
No fim das contas, o melhor investimento é comprar um imóvel e alugar em seguida. Mas existe também uma nova tendência de mercado, o retrofit, que consiste em comprar apartamentos mais antigos para reformá-los e colocá-los à venda novamente.
“Quem quer fazer esse movimento rápido, que não quer colocar para alugar, mas sim para girar, e que tem equipe, vontade e disponibilidade para realizar essa obra rapidamente, tem muita oportunidade no mercado nesse sentido também. Mas é importantíssimo ter um corretor auxiliando nesses momentos”, finaliza.
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