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Juros: 5 fatos que mudam na sua vida e no seu bolso com corte da Selic

8 ago 2023 - 12h33
(atualizado às 17h18)
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As expectativas para 2024 estão lá em cima. Ou melhor, em baixa: após o corte da taxa de juros Selic em 50 pontos-base, o Banco Central (BC) parece finalmente ter uma perspectiva de maior estabilidade econômica para o Brasil.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, na última quarta-feira (2), ficou definida a nova taxa básica de juros da economia. A queda na Selic foi de 13,75% para 13,25% ao ano e é o primeiro corte em três anos.

Para o mercado, essa redução é um indicador de um ciclo de queda nos juros após quase um ano da taxa fixada em 13,75%.

Além de ser um termômetro da economia, o corte nos juros afeta diretamente a vida dos brasileiros em aspectos como compras diárias, empréstimos com bancos e outras negociações financeiras.

É importante lembrar que, os efeitos dos juros que caem hoje só devem começar a ser vistos em cerca de seis meses. Enquanto os bancos, como a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Brasil (BBAS3) já reduzem os juros, a consequência da queda não reflete imediatamente na população. Entretanto, com uma perspectiva de ainda mais cortes na Selic para as próximas reuniões, o mercado anseia por um 2024 bem positivo.

Para entender melhor, os cincos pontos a seguir descrevem como o corte da Selic pode impactar o cotidiano e o bolso dos brasileiros:

1. Alívio nas dívidas dos brasileiros

Com a nova taxa Selic a 13,25%, os bancos e demais instituições financeiras que seguem os juros como base para a cobrança de empréstimos reduzem as tarifas. Assim, tomar crédito fica mais fácil e menos caro.

Em paralelo, o novo programa do governo Federal, Desenrola Brasil, também vem auxiliando muitos brasileiros com o CPF negativado a limpar o nome e renegociar suas dívidas. Com o corte de juros, as expectativas são se que a renegociação de dívidas fique ainda mais fácil.

Por fim, com empréstimos menos "caros", com juros menores a serem cobrados, o risco de inadimplência também deve entrar em um bom ritmo de queda.

2. Margem de dívidas

Com a Selic alta, muitas empresas com dividas atreladas à taxa costumavam penar para levantar recursos. Agora, a atualização dos juros permite que, assim como as pessoas físicas, companhias consigam movimentar mais caixa e contrair novas dívidas, ampliando seus negócios.

O custo das emissões de crédito e de debêntures, por exemplo, também fica mais atrativo acompanhando a Selic. As debêntures, títulos de dívidas emitidos por empresas da bolsa de valores para se capitalizarem, tiveram o mercado afetado pelo rombo contábil da varejista Americanas (AMER3), que deve mais de R$ 20 bilhões a bancos credores, como Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11). Esse abalo afetou fundos de investimentos e provocou uma escassez no mercado de crédito, que agora com o custo de emissões caindo junto com a taxa de juros, pode se recuperar.

3. Impulso ao mercado imobiliário

Com a queda dos juros, tomar empréstimos para a construção de uma casa ou compra de um apartamento, por exemplo, também fica mais fácil. Isso porque os juros pregados pelas instituições para crédito imobiliário também é baseada na Selic.

Dessa forma, espera-se que o setor da construção civil também seja impulsionado com mais demanda e uma muito aguardada retomada do mercado imobiliário.

4. Aceleração econômica

Ao longo dos próximos meses, acredita-se que será vista uma aceleração econômica, principalmente no consumo. Com investimentos mais baratos, é comum que a população se sinta mais confiante na economia para aquisição de bens de valor mais alto. É o caso de comprar carros, casas, eletrodomésticos e até viagens.

Essa busca por mais artigos faz com que a oferta precise acompanhar, consequentemente promovendo maior dinamismo às indústrias e a ampliação da produção - o que pode vir a resultar também, em um longo prazo, em novos empregos.

5. Investimentos mais atrativos

Com o corte dos juros, o risco Brasil cai aos olhos dos investidores nacionais e internacionais. Isso significa que a renda variável passa a se tornar mais atrativa e menos arriscada, enquanto a renda fixa entrega rendimentos mais enxutos.

Como já mencionado, esse efeito não acontece de um dia para o outro, mas no longo prazo. Por enquanto, títulos da renda fixa que tem a Selic ou o CDI como referência ainda podem interessar, visto que a queda da taxa de juros não foi tão drástica.

Essa lista representa apenas parte dos principais efeitos que acontecem na economia após o corte dos juros na Selic, como visto na semana anterior após a reunião do Copom.

Suno
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