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Acelerada pela Y Combinator, Cartpanda quer ser a "Shopify brasileira"

Foco da startup é atender lojistas que desejam oferecer experiências de venda mais personalizadas no e-commerce

10 nov 2022 - 00h19
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Em um mercado nacional de e-commerce cada vez mais ocupado por marketplaces, a Cartpanda quer ser uma alternativa para os vendedores em busca de ter uma presença mais personalizada na hora de vender online. A startup tem o plano de se firmar como uma espécie de "Shopify brazuca", e conta com o apoio de ninguém menos que a Y Combinator pra fazer isso.

E-commerce
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Foto: Canva / Startups

Na definição de seus fundadores, a Cartpanda é uma plataforma que permite a criação e o gerenciamento de lojas virtuais personalizadas, oferecendo desde ferramentas de criação de sites até o checkout dos produtos. "Começamos como uma plataforma focada no checkout, mas hoje oferecemos uma plataforma completa de e-commerce", explica o CEO da empresa, Lucas Castellani, em entrevista ao Startups.

Segundo aponta o executivo, o foco da Cartpanda é atender vendedores (sellers) que desejam oferecer experiências de venda mais personalizadas, sem obrigá-los a enfrentar a complexidade que envolve montar uma experiência própria de compra, incluindo recursos como oportunidades de upsell, checkout rápido e outros.

Ainda de acordo com o CEO, se trata uma alternativa ao que muitos sellers de pequeno e médio porte fazem hoje, que é o de atuar em marketplaces, onde a guerra de preços impera e a personalização é baixa.

"São clientes mais exigentes, que buscam ter sites com uma experiência mais personalizada para seus consumidores, do processo de acompra até a hora do pagamento e pós-venda", explica Lucas, ao explicar o perfil de lojistas que a Cartpanda atende. "Competimos de certa forma com nomes como a Nuvemshop, mas nosso perfil de cliente está um pouco mais acima na pirâmide", pontua.

Lucas Castellani
Lucas Castellani
Foto: Lucas Castellani, fundador e CEO da Cartpanda ( divulgação). / Startups

Como falamos no começo, o plano da Cartpanda guarda uma proposta semelhante ao que a Shopify vem fazendo nos Estados Unidos. Por lá, a startup está conquistando muitos lojistas em busca de ter seus próprios canais de venda, ameaçando o reinado do marketplace da Amazon, que há muitos anos concentra boa parte do e-commerce ianque em seu site.

Segundo Lucas, o número de vendedores interessados em melhorar a sua experiência de e-commerce através de canais próprios está aumentando no país, mesmo com grandes plataformas como Shopee, Mercado Livre e a própria Amazon competindo na seara dos marketplaces. A empresa quer ocupar esta lacuna de mercado com uma experiência 100% feita por brasileiros.

"A Shopify ainda não tem suporte no Brasil. Inclusive temos clientes que tem sua loja na Shopify, mas prefere utilizar nosso sistema de checkout, pois ele está mais ajustado à realidade de pagamento local, e nós temos integração com diversas plataformas", explica o CEO.

Backed by YC

Com sua proposta de valor, a Cartpanda entrou em agosto do ano passado em uma turma da Y Combinator, acessando as mentorias da aceleradora do Vale do Silício, assim como recebeu um cheque pré-seed de US$ 120 mil que é dado às selecionadas. "Depois de entrar na YC, levantamos mais uma rodada seed, mas não temos planos de uma série A no momento", afirmou Lucas, sem dar detalhes sobre a última captação.

De acordo com o CEO, a chancela da Y Combinator ajudou a alavancar negócios para a Cartpanda. Apesar de não abrir números, Lucas afirma que o caixa da companhia vai bem, obrigado, faturando acima da casa dos sete dígitos mensais. "Crescemos mais de cinco vezes desde que entramos na YC', avalia Lucas, justificando como a empresa driblou o cenário desanimador de VC que a aceleradora pintou uns meses atrás.

A monetização da empresa é feita através de diferentes tiers de assinatura, cada um com diferentes recursos e taxas de checkout ajustadas de acordo com o volume de vendas dos lojistas.

Como próximos passos, o plano da Cartpanda é reforçar sua plataforma, trazendo inclusive novas capacidades e opções de pagamento, incluindo o Pix, algo bastante em demanda pelos consumidores. "Lançamos agora o iniciador de pagamentos dentro de nosso checkout, e estamos afinando estas features para depois colocar o pé no acelerador", explica Lucas.

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