O líder do futuro será digital: você está preparado?
As principais habilidades estão ligadas ao pensamento estratégico
A pandemia acelerou a transformação digital nas empresas no Brasil e reforçou a importância do uso das tecnologias para implementar novos modelos de negócios. Essa nova realidade influencia diretamente o trabalho dos gestores.
De acordo com a doutora em Administração e professora do “Programa Avançado em Transformação Digital: Gestão, Operações e Tecnologia” do Insper, Luciana Lima, o líder do futuro será digital e já é possível citar algumas de suas habilidades.
“O primeiro pré-requisito para liderar no futuro é ser capaz de compreender quais os impactos do digital no negócio. O segundo é conseguir realizar as mudanças decorrentes de tais impactos e o terceiro é a habilidade de planejar e engajar sua força de trabalho, ou seja, seus times para essa mudança”, afirma Luciana.
Liderança é um “esporte de contato”
Apesar das novas competências, que estão ligadas à parte estratégica do negócio, a especialista ressalta que a essência da liderança não se altera com a transformação digital: sempre foi e continuará sendo um “esporte de contato”. Por isso, saber se relacionar com as pessoas permanece uma característica indispensável para uma boa gestão.
“A diferença está no conteúdo e na forma da aplicação. Será exigido do profissional um bom trânsito pelas tecnologias digitais, tornando-as alavancas para os resultados do negócio. Portanto, entende-se que ele deve adotar como rotina o uso das redes sociais, o foco na segurança digital, a automatização dos processos, a orientação para a análise de dados em volume, a realidade virtual, a inteligência artificial, enfim, tudo que envolve a cultura digital via aplicação de princípios ágeis”, complementa a professora do Insper.
Entre os desafios que os “líderes do futuro” enfrentarão, Luciana destaca dois principais, que estão diretamente ligados à evolução na forma de conduzir os colaboradores: gestão da mudança cultural e planejamento estratégico dos times.
“A implementação de novas tecnologias demanda a adoção de novos comportamentos, implicando decidir sobre o que manter e o que alterar dos aspectos da cultura organizacional. Por outro lado, o líder precisa dimensionar se o quadro atual de profissionais possui todas as habilidades necessárias para dar conta dos desafios do negócio, projetando-os aos objetivos de médio e longo prazos”, explica.
O uso de tecnologias em ambientes controlados
Segundo a professora, uma boa forma de se preparar para liderar uma transformação digital e enfrentar estes desafios é experimentar o uso das tecnologias em um ambiente controlado, antes da sua implementação na organização, vivenciando, identificando e estimando quais os tipos, abrangência e profundidade de impactos elas geram nos profissionais, times e na empresa.
“Os negócios possuem níveis diferentes de dependência tecnológica. Há aqueles que não têm como se manter sem a adoção maciça de tecnologia, e outros nos quais o investimento está localizado em um departamento. Independente disso, a pressão pela digitalização opera em todos os mercados, cabendo às organizações desenharem suas estratégias para lidar com ela. O futuro é digital e os profissionais também serão. Estar preparado é o único caminho”, finaliza Luciana.
(*) HOMEWORK inspira transformação, com inteligência digital e capricho artesanal. Nosso jornalismo impacta milhares de leitores todos os dias. E nossas soluções de conteúdo sob medida atendem grandes empresas de todos os tamanhos. Saiba mais sobre nossos projetos e entre em contato!