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Quase metade das empresas não gera resultados por falta de governança

Pressão por resultados motiva melhorias incrementais, em vez de investir no que pode trazer novas linhas de receita

23 mai 2023 - 17h18
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*Kim Silvestre é Partner and Head of Project Portfolio na ACE Cortex

Foto: Canva / Startups

Nos últimos meses, empresas como Tupperware e Grupo Petrópolis, assim como muitas outras em diferentes setores, têm enfrentado dificuldades financeiras devido a gastos excessivos e falta de uma estratégia adequada. Elas não seguiram um princípio básico dos negócios: o caixa é o rei!

O que essas empresas têm em comum é a falta de uma boa estratégia, de uma compreensão do consumidor e de garantir que as ações de hoje garantam a sobrevivência e evolução dos negócios no futuro. Esse é um dos desafios enfrentados por empresas e executivos que parecem ter esquecido receitas "infalíveis" de estratégias executadas por décadas.

Na realidade, o contexto atual é o mesmo, mas a voz do cliente está mais alta do que nunca, influenciando qualquer decisão corporativa e destruindo planejamentos de longo prazo em questão de segundos. Muito se fala sobre a burocracia e a falta de agilidade, mas o problema é maior e está relacionado a estratégias obsoletas e à falta de sintonia com os clientes.

A pressão por resultados muitas vezes leva ao foco em melhorias incrementais, em vez de investir no que pode trazer novas linhas de receita que garantirão a sustentação do negócio. Assim, vemos grandes marcas investindo tempo e dinheiro em produtos que já não fazem mais sentido para o momento atual, endividando-se para financiar ações de marketing que já não têm apelo para o novo consumidor, especialmente quando o produto já não é mais desejado.

Uma pesquisa recente realizada pela ACE Cortex revelou que 43% das empresas enfrentam dificuldades em gerar resultados em projetos por falta de governança, e mais de 71% dos entrevistados afirmaram que falta uma estratégia e preparo da liderança sobre qual direção seguir. Isso confirma que ainda prevalece a velha dinâmica em que o líder cria um projeto a partir de "achismos" e convicções próprias enquanto o time executa. Isso funcionava no passado, quando a estratégia estava desconectada da voz do cliente e as opções eram menores e menos acessíveis. Para o cliente, era isso ou nada.

Projetos baseados em dados e fatos

Nessa nova dinâmica, os líderes precisam adotar uma postura de ouvinte e criar mecanismos para governar qualitativamente seus projetos com base em dados e fatos advindos do consumidor. Em resumo, três elementos precisam ser constantemente avaliados e revisados para uma boa estratégia:

  1. Avaliar o ambiente interno: É importante identificar os diferenciais da empresa, identificar os gaps de produto/serviço, avaliar como estão os projetos voltados para o futuro, como esses projetos se conectam com os diferenciais da empresa, o que gera mais caixa e como a evolução do produto/serviço é cuidada, e como as áreas de negócio estão trabalhando nesses projetos.
  2. Avaliar o ambiente externo: É fundamental compreender o que o cliente diz e quem ele é, analisar a jornada do cliente e identificar os pontos voláteis que podem mudar repentinamente, observar para onde os concorrentes estão se direcionando e quais decisões boas e ruins eles tomaram recentemente, existem oportunidades tecnológicas e legais, e qual tipo de solução pode afetar o nosso principal gerador de caixa.
  3. Definir um foco e um tempo: Com base na análise dos pontos 1 e 2, é necessário priorizar onde irá atuar e determinar, com base em dados, quando você deve revisar tudo isso. Divida seus investimentos em fases, teste, erre e aprenda. Coloque esforços reais para cadenciar os resultados, colete feedbacks constantes e, quando sua estratégia se provar eficaz, execute-a com velocidade e gere caixa. Repita o processo incansavelmente.

Uma estratégia de inovação eficaz e alinhada com as necessidades dos clientes e do mercado requer a adoção de diversas ações. A inovação e a adaptação são elementos essenciais para o sucesso das empresas na atualidade. Nesse contexto, é fundamental que os líderes assumam uma postura de ouvinte atento e utilizem dados e fatos do consumidor para governar seus projetos de forma qualitativa. Essa abordagem é uma regra fundamental para garantir a inovação e a adaptabilidade necessárias para se destacar em um mercado competitivo.

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