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Supersafra do agro em 2023 deve injetar mais de R$ 1 tri na economia brasileira

21 mar 2023 - 10h34
(atualizado às 14h06)
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Agronegócio. Foto: Pixabay
Agronegócio. Foto: Pixabay
Foto: Suno

A expectativa por uma supersafra no agronegócio brasileiro em 2023 é grande. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, o campo deve injetar R$ 1,25 trilhão na economia brasileira ao longo deste ano.

Segundo os dados do Ministério da Agricultura, graças à supersafra, a lavoura poderá atingir R$ 888 bilhões, crescimento de 8,9%. Na pecuária, é esperada uma queda de 3,4% por causa da queda do preço dos bovinos. Assim, o resultado previsto aqui é de R$ 362 bilhões.

De acordo com informações publicadas pela coluna Vaivém das Commodities, da Folha de S. Paulo, o ministério prevê um aumento da produtividade média do campo, próximo de 10% neste ano, o que assegura uma boa produção mesmo quando ocorre alguma redução de área.

A soja deve ser a principal estrela da supersafra, com uma receita de R$ 387 bilhões. Em seguida, o milho, com 162,3 bilhões.

PIB da agricultura vai disparar 10,1% em 2023, projeta Itaú

Os analistas do Itaú projetam uma disparada do Produto Interno Bruto (PIB) do setor agrícola em 10,1% para 2023. Na visão dos especialistas, a safra da soja no primeiro trimestre deste ano será a principal responsável pelo crescimento expressivo do setor.

"A soja deve ser o destaque, projetando esse crescimento e sendo um dos principais propulsores", afirma Natália Cotarelli, economista do Itaú BBA, durante o Macro Day, em que o Suno Notícias esteve presente.

Para 2023, o banco projeta que o PIB brasileiro cresça 1,3%, um número menor do que o registrado em 2022, quando a economia nacional avançou 2,9%. Na divisão setorial, esse crescimento em 2023 encontra-se projetado da seguinte forma:

  • Agricultura: 10,1%;
  • Indústria: 0,4%;
  • Serviços: 0,8%;

Assim, tendo como base essas projeções, a especialista avisa que quase metade do crescimento do PIB em 2023 deve vir do setor agrícola.

"Quando a gente olha os fatores que contribuem para o crescimento, chama atenção a expansão do PIB agrícola", complementa Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco.

PIB da agricultura

No ano passado, o setor agro recuou 1,7%, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um dos fatores para essa queda foram os efeitos climáticos adversos na região Sul, como a seca do ano passado.

"A soja, principal produto da lavoura brasileira, com estimativa de queda de produção de 11,4%, foi quem mais puxou o resultado da Agropecuária para baixo no ano, sendo impactada por efeitos climáticos adversos", comenta Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

Quem puxou o PIB para cima em 2022 foram os setores de Serviços (4,2%) e Indústria (1,6%), responsáveis por cerca de 90% do indicador.  Contudo, nas contas do Itaú, como esses dois nichos econômicos devem apresentar um crescimento bem tímido em 2023, o agro tem tudo para ser o destaque do ano graças a supersafra.

Suno
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