O que é comida de verdade?
“Comida de verdade no campo e na cidade: por direitos e soberania alimentar” é o lema da 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF). De 3 a 6 de novembro, cerca de 2 mil representantes de todos os estados e do Distrito Federal se reunem para discutir avanços e obstáculos para a conquista da alimentação adequada e saudável e da soberania alimentar, o alcance das políticas públicas na garantia do direito humano à alimentação e o fortalecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan).
Todos os estados estarão representados, respeitando-se a diversidade e a pluralidade do país. As delegações são formadas por representantes da sociedade civil, indígenas, quilombolas, população negra, povos de terreiro, além de outros povos e comunidades tradicionais e a população em geral. A Conferência conta com a presença de governadores, ministros de Estado, parlamentares e observadores.
Depois da fome, a obesidade
O Brasil saiu do Mapa da Fome mas aumentou os índices de obesidade. 52,5% da população está acima do peso. Destes, 17,9% estão obesos. Os dados são da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), que realizou 41 mil entrevistas por telefone nas 26 capitais e Distrito Federal.
A pesquisa revela uma linha ascendente do sobrepeso: em 2006 eram 42,6% dos brasileiros, passando para 50,8% em 2013 e 52,5% na presente pesquisa, que se refere a 2014. Quanto à obesidade, as taxas são: 11,8% em 2006; 17,5% em 2013 e 17,9% em 2014 – uma leve oscilação para cima.
De acordo com o Ministério da Saúde, o excesso de peso é fator de risco para doenças crônicas do coração, hipertensão, diabetes, responsáveis por 78% dos óbitos no Brasil. Do total de entrevistados, 20% afirmaram ter diagnóstico médico de colesterol alto - entre as mulheres, o índice é de 22%, contra 17,6% dos homens. A doença se torna mais comum com a idade e entre pessoas de menor escolaridade.
Alimentação saudável, um direito de todos
Superada a fome, o país atua para reduzir o consumo de alimentos processados e ultraprocessados, alcançar a recomendação da Organização Mundial de Saúde no consumo de frutas e hortaliças e dar prioridade ao consumo de preparações feitas com alimentos in natura e minimamente processados, como o tradicional arroz com feijão.
Outra pesquisa mais recente, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que quase um terço das crianças com menos de dois anos de idade já bebe refrigerante ou sucos artificiais, cheios de açúcar. E mais de 60% das crianças comem bolachas e bolos.
(Fonte: Ascom/MDS)