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Diretora do FMI diz que Brasil já mostra sinais de melhoria

28 set 2016 - 11h46
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Ao fazer hoje (28) uma análise da economia mundial, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, citou o Brasil e a Rússia como países que estão "mostrando alguns sinais de melhoria após um período de severa contração". Ela disse que a economia mundial ainda apresenta uma série de fragilidades, mas acrescentou que as perspectivas das economias emergentes e em desenvolvimento "merecem um otimismo cauteloso".

Christine Lagarde disse que as perspectivas das economias emergentes e em desenvolvimento "merecem um otimismo cauteloso"
Christine Lagarde disse que as perspectivas das economias emergentes e em desenvolvimento "merecem um otimismo cauteloso"
Foto: Agência Brasil

Em palestra na escola Kellogg de Administração, na Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, Christine Lagarde disse que as economias emergentes, que  lideram a recuperação mundial desde a crise financeira de 2008, vão continuar contribuindo com mais de três quartos do crescimento global este ano e também em 2017.

A diretora do FMI disse que a China, que é um dos sustentáculos desse crescimento das economias emergentes, vem trabalhando nos últimos anos para equilibrar a expansão de sua indústria como a área de serviços e tem reorientado o seu foco para o consumo interno. Isso, de acordo com Lagarde, vai permitir o desenvolvimento sustentável do país, mesmo com crescimento mais lento. Lembrou que esse crescimento lento é ainda "robusto" porque significa uma expansão anual de 6% para o país.

Índia faz reformas significativas

Christine Lagarde destacou, também, o exemplo da Índia, que "também está embarcando em reformas significativas" em sua economia, o que permite que o país cresça a uma taxa de 7% ao ano.

Para a diretora do FMI, o lado ruim - para as economias em desenvolvimento - é que os países exportadores de commodities ainda estão sendo duramente atingidos pelos preços baixos, enquanto os países do Oriente Médio "continuam a sofrer com os conflitos e com o terrorismo".

Segundo Lagarde,, levando-se em conta os pontos positivos e negativos da economia mundial, os países ainda vão enfrentar durante muito tempo os problemas decorrentes do baixo crescimento. Ela acrescentou que os pontos positivos hoje beneficiam "muito poucos".

Agência Brasil Agência Brasil
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